Saturni dies

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.Se tu viesses ver-me hoje à tardinha

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,A essa hora dos mágicos cansaços,Quando a noite de manso se avizinha,E me prendesses toda nos teus barcos…

Quando me lembra: esse sabor que tinhaA tua boca… o eco dos teus passos…O teu riso de fonte… os teus abraços…Os teus beijos… a …

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[377.]*DeusÀs vezes sou o Deus que trago em mimE então eu sou o Deus e o crente e a preceE a imagem de marfimEm que esse deus se esquece.

Às vezes não sou mais do que um ateuDesse deus meu que eu sou quando me exalto.Olho em mim todo um céuE é um mero oco …

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[362.]*Fado Falado*Fado TristeFado negro das vielasOnde a noite quando passaLeva mais tempo a passarOuve-se a vozVoz inspirada de uma raçaQue mundo em fora nos levouPelo azul do marSe o fado se canta e choraTambém se pode falar*Mãos doloridas na guitarraque desgarra dor bizarraMãos insofridas, mãos plangentesMãos frementes e impacientesMãos desoladas e sombriasDesgraçadas, doentiasQuando à traição, …

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[343.]*Ulisses*O mito é o nada que é tudo.O mesmo sol que abre os céusÉ um mito brilhante e mudo –O corpo morto de Deus,Vivo e desnudo.

Este, que aqui aportou,Foi por não ser existindo.Sem existir nos bastou.Por não ter …

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“PARAÍSO”Deixa ficar comigo a madrugada,para que a luz do Sol me não constranja.Numa taça de sombra estilhaçada,deita sumo de lua e de laranja.

Arranja uma pianola, um disco, um posto,onde eu ouça o estertor de uma gaivota…Crepite, em derredor, o mar de Agosto…E o outro cheiro, o teu, à minha volta!

Depois, podes partir.Só te …

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[265.] * Retrato de uma princesa desconhecida *Para que ela tivesse um pescoço tão finoPara que os seus pulsos tivessem um quebrar de caulePara que os seus olhos fossem tão frontais e limposPara que a …

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[237.]*Orfeu rebeldeOrfeu rebelde, canto como sou:Canto como um possessoQue na casca do tempo, a canivete,Gravasse a fúria de cada momento;Canto, a ver se o meu canto comprometeA eternidade no meu sofrimento.

Outros, felizes, sejam rouxinóis…Eu ergo a voz assim, …

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[218.]

Dá a surpresa de ser.É alta, de um louro escuro.Faz bem só pensar em verseu corpo meio maduro.Seus seios altos parecem(se ela estivesse deitada)Dois montinhos que amanhecemsem ter que haver madrugadaE a mão do seu braço brancoassenta em palmo espalhadosobre a saliência do flancodo seu relevo tapado.Apetece como um barco.Tem qualquer coisa de gomo.Meu …

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[207.]

Amigo

Mal nos conhecemos Inaugurámos a palavra «amigo». «Amigo» é um sorriso De boca em boca, Um olhar bem limpo, Uma casa, mesmo modesta, que se oferece, Um coração pronto a pulsar Na nossa mão! «Amigo» (recordam-se, vocês aí,Escrupulosos detritos?) «Amigo» é o contrário de inimigo! «Amigo» é o erro corrigido, Não o …

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[200.]

E por vezes as noites duram mesesE por vezes os meses oceanosE por vezes os braços que apertamosnunca mais são os mesmos E por vezesencontramos de nós em poucos meseso que a noite nos fez em muitos anosE por vezes fingimos que lembramosE por vezes lembramos que por vezesao tomarmos o gosto aos oceanossó …

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