Quando Vier a Primavera ALBERTO CAEIRO, vulgo Fernando Pessoa
Quando Vier a Primavera ALBERTO CAEIRO, vulgo Fernando Pessoa
Ontem fomos ao cinema. Vimos o 23.º filme da saga James Bond, ainda com Daniel Craig, “Skyfall”. Somos fãs da saga de Ian Flemming… e talvez por isso custe um pouco mais entusiasmarmo-nos com um destes filmes. Este filme de Sam Mendes …
ACORDAI
Acordai!Acordai, homens que dormisA embalar a dorDos silêncios vis!Vinde, no clamorDas almas viris,Arrancar a florQue dorme na raíz!
Acordai!Acordai, raios e tufõesQue dormis no arE nas multidões!Vinde incendiarDe astros e cançõesAs pedras e o mar,O mundo e os corações…
Acordai!Acendei, de almas e de sóis,Este mar sem cais,Nem luz de faróis!E acordai, depoisDas lutas …
Tomas Tranströmer
Tem 80 anos, é poeta, é sueco, e foi anunciado na quinta-feira como o laureado do Prémio Nobel da Literatura de 2011. Poderia pensar-se que este sueco de nome esquisito (impronunciável) …
NO MESMO LADO DA CANOA
As palavras do nosso diasão palavras simplesclaras como a água do regato,jorrando das encostas ferruginosasna manhã clara do dia-a-dia.
É assim que eu te falo,meu irmão contratado numa roça de cafémeu irmão que deixas teu sangue numa ponteou navegas no mar, num pedaço de ti mesmo em luta com o …
Poema “Palavras Interditas”, de Eugénio de AndradeDito por José Carlos Vasconcelos«Um Poema por Semana», RTP2
Os navios existem, e existe o teu rostoencostado ao rosto dos navios.Sem nenhum destino flutuam nas cidades,partem no vento, regressam nos rios.
Na areia branca, onde o tempo começa,uma criança passa de costas para o mar.Anoitece. Não há dúvida, …
Poema “Na Praia da Boa Nova, um dia”, de António NobreDito por Mick Mengucci«Um Poema por Semana», RTP2
Na praia lá da Boa Nova, um dia,Edifiquei (foi esse o grande mal)Alto Castelo, o que é a fantasia,Todo de lápis-lazúli e coral!
Naquelas redondezas não haviaQuem se gabasse dum domínio igual:Oh Castelo tão alto! pareciaO …
Poema “Ariane”, de Miguel TorgaDito por José Rego da Cruz«Um Poema por Semana», RTP2
Ariane é um navio. Tem mastros, velas e bandeira à proa, E chegou num dia branco, frio, A este rio Tejo de Lisboa.
Carregado de Sonho, fundeou Dentro da claridade destas grades… Cisne de todos, que se foi, voltou …
Poema “Mãezinha”, de António GedeãoDito por Rute Pimenta
“A terra de meu pai era pequenae os transportes difíceis.Não havia comboios, nem automóveis, nem aviões, nem mísseis.Corria branda a noite e a vida era serena. Segundo informação, concreta e exacta,dos boletins oficiais,viviam lá na terra, a essa data,3023 mulheres…”
Concede-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar as que eu posso e sabedoria para distinguir uma da outra – vivendo um dia de cada vez, desfrutando um momento de cada vez, aceitando as dificuldades como um caminho para alcançar a paz, considerando o mundo pecador como …