Lista dos padrinhos das 21 canddatas às Sete Maravilhas Naturais de Portugal:
Mata Nacional do Bussaco – Miguel Sousa Tavares (escritor e jornalista); Paisagem Vulcânica da Ilha do Pico – António Cabral; Portinho da Arrábida – Luis Buchinho (estilista); Praia do Porto Santo – Fátima Lopes (estilista); Pontal da Carrapateira – Dr. Francisco Pinto Balsemão (empresário e antigo primeiro-ministro); Ria Formosa – Prof. Francisco Nunes Correia; Portas de Ródão – Mestre Manuel Cargaleiro (pintor); Vale do Douro – Dr. Rui Moreira (empresário); Paisagem Cultural de Sintra – Joaquim de Almeida (actor); Algar do Carvão – Lúcia Moniz (cantora e atriz); Floresta Laurissilva – Joe Berardo (empresário); Vale Glaciar do Zêzere – Elisabete Jacinto (desportista); Parque Natural da Arrábida – Ana Sobrinho; Grutas de Mira de Aire – Eng. Vitor Barros; Lagoa das Sete Cidades – Medeiros Ferreira (deputado); Furna do Enxofre – Maestro Vitorino de Almeida (músico); Ponta de Sagres – Luis Represas (cantor e compositor); Arquípélago das Berlengas – Rui Veloso (cantor); Reserva Natural da Lagoa de Fogo – Prof. Galopim Carvalho (investigador); Parque Nacional da Peneda Gerês – Rosa Mota (antiga maratonista); Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina – Tim (cantor e compositor).
Analisando a lista, parece-me que a escolha de António Jorge Franco foi acertada e muito inteligente. ** ******** *Haverá, certamente, vários textos em que Miguel Sousa Tavares demonstra o seu gosto e apreciação pelo Bussaco. Eu não consigo citar muitos… Não deixo, no entanto, de achar simpático e sintomático desse Amor, que Luis Bernardo Valença, o protagonista do best-seller de Sousa Tavares, ‘Equador’, tenha escolhido o Bussaco para se despedir de Portugal continental e a ele tenha dedicado palavras tão ternas como estas: «O último fim-de-semana em Portugal fez questão de o ir passar ao Palace, no Bussaco, um dos seus locais preferidos. “Quero levar o Bussaco nos olhos e na alma!” – declarou, em tom tão trágico, que o João Forjaz, o Filipe Martins e o Mateus Resende, os seus amigos mais próximos, se apressaram a dizer que iam também. Tinham planeado uma escapadela a Coimbra, para “uma farra das antigas”, mas ninguém o arrancou da varanda do Palace, onde passou duas manhãs e uma tarde a olhar obsessivamente para a mata, perdido em considerações filosóficas do género “junte-se-lhe uma mulher e um bom livro e tudo o que um homem precisa para ser feliz está aqui!”. Em contrapartida e confirmando a sua tese, atirou-se ao menu do Palace com o apetite de um condenado, devorando tudo o que constava da lista e insistindo em terminar sempre com o leitão assado. Para grande deleite dos amigos, invocou a sua nova condição de rico sem destino que dar ao dinheiro e ofereceu as bebidas durante todo o fim-de-semana, indiferente aos preços que os melhores vinhos da célebre cave do Palace ostentavam. Comeu, bebeu e fumou como se disso dependesse a salvação da sua alma e acabou arrastado para o comboio em condições impróprias para um governador de nomeação régia.»Inexplicavelmente a série da TVI adaptando o livro à televisão, não tem esta cena.
Na narrativa do livro, esta cena passar-se-á entre os últimos dias de Fevereiro e os primeiros dias de Março de 1906. Contrariamente ao que se possa julgar (sendo o Palace um pavilhão de caça real e tendo a monarquia terminado apenas em 1910), o edificio (provavelmente já nesta altura) já funcionava como Hotel. Segundo o professor Carvalhão Santos, a cedência provisória do espaço a Paul Bergamin para exploração hoteleira é localizada em 1906 ("ou mesmo antes", cito).
http://www.peticao.com.pt/arvores-de-sintra