o rosto do Movimento Nacional Feminino (1961-1974).
Hoje, 28 de Maio, perpassam 84 anos sobre a Revolução Nacional do 28 de Maio de 1926.
O general Gomes da Costa marchou a partir de Braga até Lisboa (onde chegou a 6 de Junho) liderando um coluna que colocou fim à Primeira República e implantou uma Ditadura Militar – a Ditadura Nacional – que anos mais tarde, com António de Oliveira Salazar como chefe do Governo daria origem ao Estado Novo.
Muitas histórias há sobre esta marcha de militares – herois aclamados da Primeira Grande Guerra – nacionalistas e anti-parlamentaristas. Fernando Valle, por exemplo, contava que os discursos de Gomes da Costa eram impróprios para senhoras.
Senhoras, lá está, hoje é Veneris Dies. Apesar de ter sido durante o Estado Novo e não durante a I República que as primeiras mulheres foram eleitas para o Parlamento, a verdade é que o papel da mulher durante este período – ou de mulheres nesta época – não se distinguiu de sobremaneira.
Assim, destaco hoje, Veneris Dies o Movimento Nacional Feminino
O Movimento Nacional Feminino, fundado em 28 de Abril (dia de aniversário de Oliveira Salazar) de 1961, era uma organização portuguesa de senhoras com o objectivo de apoiarem o regime, promovendo a caridade e as condições subjectivas e emocionais dos portugueses em tempo de guerra, especialmente junto dos soldados metropolitanos que lutavam em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau. Podia dizer-se que a sua liderança e cupulas eram constituídas por filhas e esposas de altos dignatários do regime, mas a verdade é que as suas acções depressa se popularizaram junto da maior parte das mulheres portuguesas.
O Movimento Nacional Feminino, fundado em 28 de Abril (dia de aniversário de Oliveira Salazar) de 1961, era uma organização portuguesa de senhoras com o objectivo de apoiarem o regime, promovendo a caridade e as condições subjectivas e emocionais dos portugueses em tempo de guerra, especialmente junto dos soldados metropolitanos que lutavam em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau. Podia dizer-se que a sua liderança e cupulas eram constituídas por filhas e esposas de altos dignatários do regime, mas a verdade é que as suas acções depressa se popularizaram junto da maior parte das mulheres portuguesas.
E, de facto, o papel do MNF terá sido fundamental para manter o ânimo das tropas. É do MNF a iniciativa das ‘Madrinhas de Guerra’ – em que a rapariga aceitava trocar correspondência com um soldado durante a sua estadia no Ultramar, uma espécie de ‘pen-friends’. É do MNF a iniciativa de serem gravadas em Portugal mensagens audio das familias dos soldados que eram emitidas para eles no rádio e mensagens deles a desejarem uma Natal cheio de ‘propriedades’ – foi nessas mensagens que se popularizou a frase “Adeus, até ao meu regresso!”-. É do MNF a criação dos aerogramas – uma especie de cartas especiais -. É do MNF a iniciativa de campanhas de angariação de fundos para cigarros e prendas de Natal. É do MNF a inicitiva da digressão de espectáculos e artistas em Angola, Moçambique e Guiné para os soldados.
O MNF foi fundado por Cecília Supico Pinto que foi sua presidente até ao fim, em 1974. Foi editado, em 2008, um livro sobre ela e feitas, nessa altura, várias reportagens sobre o tema e sobre a acção de várias mulheres ao serviço desta organização.