Estamos a três meses das Eleições para o Parlamento Europeu. O único momento próximo de uma democracia que 57 anos de união europeia concederam. Em 25 de maio (os ingleses votam à quinta…) os europeus escolherão um parlamento e depois disso, as maiorias ditarão um novo presidente da comissão e depois um presidente para o conselho europeu.
Precisamente três meses antes vemos os partidos políticos portugueses, conservadores como não podiam ser mais, apresentar os cabeças de lista do costume. Sem novidades, sem nada de motivador. João Ferreira outra vez pela CDU, Marisa Matias outra vez pelo Bloco de Esquerda, Paulo Rangel e Nuno Melo outra vez pelo PSD/CDS, Francisco Assis (mais uma vez) pelo PS. E mais uma vez as esquerdas não se entenderam e Carvalho da Silva não pode aparecer como o congregador da Esquerda Portuguesa (talvez fique para as Presidenciais). O Partido Livre ainda não tem cabeça-de-lista, mas quase que aposto que será Rui Tavares…
Mesmo assim, um ano após o ANO EUROPEU DO CIDADÃO, a União Europeia sugere como mote para as próximas europeias o lema «Agir/Reagir/Decidir». Parece ser ridículo, depois de uma crise onde os nossos líderes nos deram a entender que os alemães eram mesmo mauzões, que Merkel é nome de vilã, que os franceses são chauvinistas, que os gregos são preguiçosos, que os irlandeses é que são os meninos bonitos e que os ingleses já não querem saber de nós.
Vai ser difícil votar em 25 de maio. A melhor ação poderá ser a reação natural de não querer participar no que já está há muito decidido!