Antes de haver Angela Merkel, já outra senhora alemã tinha demonstrado os dotes de regência do governo dos povos com mão de ferro e (apenas aparentemente) de maneira iluminada.
Catarina, a Grande, (1729-1796) imperatriz da Russia, assinala hoje o 285.º aniversário do seu nascimento.
O poder no feminino devia ser objeto de estudo. Governam as mulheres melhor do que os homens? E em que aspectos? O poder absoluto em homens e mulheres manifesta-se de maneiras diferentes?
Catarina depôs o marido, tomou-lhe o lugar, expandiu a Russia, modernizou a administração, tornou-a numa potencia de gente iluminada e sofisticada. Teve na sua corte, como conselheiro de Estado, o médico português e judeu António Nunes Ribeiro Sanches (1699-1783) – natural de Penamacor, cristão-novo dos lados de Idanha a Nova.
Catarina teve à sua volta os maiores intelectuais do iluminismo ocidental, mas em nada aplicou as ideias vanguardistas à opulência czarina.