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Para entrada tivemos “O que houver”, um conjunto de vários apontamentos como um vol-au-vent, uma manteiguinha com algo e salsa, salmão fumado com funcho ou uma tosta com patê de atum e azeitonas.
Logo a seguir uma sopa triunfal: “A descomplicação da sopa”, um prato com metade de creme de cenoura e outra metade de creme de feijão, com bacon e enchidos desidratados, um apontamento de batata e couve. Absolutamente soberbo.
Bochecha de porco com camarão salteado, arroz de frutos secos e misto de legumes foi o prato principal “A dismistificação do peixe e da carne”. Uma coisa divinal.
Mas como sempre o melhor estava para o fim. “A alegria dos doces”, gelado, crepe, um crocante soberbo e um gateaux de chocolate de ir às lágrimas.
Há efectivamente profissões difíceis. Ser diretor de uma escola com estes talentos não é uma delas.β
SERMÕES DE DIRETOR #05 – Ainda na senda da reflexão de sábado, no Cenáculo de Aveiro, a verdade é que ser escuteiro treina-nos para a auto-avaliação e para o planeamento e para o método do projecto… Mas não é por causa disso que deixa de ser um grandessíssimo quebra cabeças haver destreza mental para conseguir em fevereiro determinar que cursos abrir em setembro de 2015 para colocar no mercado jovens profissionais em julho de 2018. A complexidade da coisa é especialmente insuflada quando se mandam mais de trezentos emails para autarcas, IPSS, e acima de tudo empresários de todos os ramos, de toda a região – auscultando o mercado e procurando recolher opiniões sobre as necessidades do mercado em 2018 – e se recebem 12 respostas… menos de 5%…
Reconheço que não é fácil para um empresário ter uma visão prospectiva a 3 ou 4 anos, especialmente quando ninguém educa os nossos jovens e adultos para isso. Mas ajudava ter mais apoio… Tornava menos arriscada a decisão de quem tem que agir, agora, e escolher. Valeram os 12 contributos, que se revelaram importantíssimos! Só assim se garante empregabilidade, trabalhando para o sucesso e não para as estatísticas!
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SERMÕES DE DIRETOR #06 – Li, hoje, no Jornal de Notícias que “Todos os anos, mais de 150 mil alunos ficam retidos no mesmo ano de escolaridade, o que já aconteceu a quase 35% dos jovens com mais de 15 anos”. Considera o Conselho Nacional de Educação, numa recomendação aprovada ontem por unanimidade que a retenção é prática enraizada na sociedade e na cultura escolar, “apesar dos efeitos negativos”. Claro que ninguém acredita que possa haver efeitos positivos – para além do que possa considerar-se o efeito do castigo – na criança ou no jovem que vai voltar atrás num percurso escolar. Segundo o Conselho Nacional de Educação “os alunos chumbados não melhoram os resultados e são mais propensos a nova retenção, à desmotivação, à indisciplina e ao abandono escolar”… É possível.
Mas o Conselho Nacional de Educação não ataca a questão central – que é a evidente falha do sistema na componente vocacional e na determinação vocacional dos jovens, não…para quê gastar mais dinheiro com a reciclagem de docentes para esse fim ou com a contratação de psicólogos vocacionais e escolares? – o melhor é sempre o mais fácil: “Entre outras medidas, o CNE recomenda ao Governo a reavaliação da adequação das provas finais de 4.º e 6.º anos, a revisão das condições de acesso à prova final do 9.º ano e das implicações das provas finais no prosseguimento de estudos, bem como a melhoria da avaliação interna das aprendizagens, contrariando a tendência de contaminação pelos processos de avaliação externa”.A solução é acabar com os exames e com os chumbos, é pôr os professores a passar os alunos todos sem qualquer espécie de referencial. E assim diminuiu-se o número de retenções. Claro! O que é que interessa que os alunos não tenham conhecimentos, competências ou atitudes? O que interessa é que não chumbem!…