Ao som de «Cabra da Peste», por Manu Chao
[2501.] ao #15629.º
O nosso jantar de Noite de Reis foi no Restaurante Cabra Preta, em Castelo Branco, na zona do Castelo, na Rua de Santa Maria n.º13.
Um espaço fantástico – uma casinha recuada, com pátio acessível através de uma arcada pitoresca. Já antes de entrar, sentimos um ambiente familiar e, ao mesmo tempo, muito sofisticado. No interior um ambiente muito acolhedor, com espaços bem aproveitados e decoração com bom gosto, tradição e intimista.
Vimos todas as regras COVID a serem exemplarmente respeitadas e fomos acompanhados à mesa, no primeiro andar pelo rececionista (vestido sem farda, mas com avental). A mesa estava já posta com guardanapos de papel. A senhora que nos serviu, também com a indumentária sem farda e com avental, foi como eu gosto. Apresentou-nos os pratos, um a um, com pormenor e cuidado.
Para entrada, azeitonas, um saco de pão variado e apetitoso e ainda, manteiga de ervas e um elemento muito interessante: Queijo DOP, seco, com mel e amêndoas tostadas laminadas. Não sou grande apreciador de queijos, confesso e o queijo beirão traz-me memórias pouco positivas… mas a verdade é que este queijo estava delicioso, a crocância da amêndoa estava muito bem. Notei o mel demasiado líquido… estava à espera de um elemento espesso, que pudesse colocar em cima do queijo… mas não deu e foi pena. Mas a entrada estava deliciosa.
Comi o ‘Aveludado de Legumes’. Estava muito bom. Suave, cremoso, apaladado, notava-se bem os sabores distintivos dos elementos.
De uma ementa muito variada eu fui pela Vitela Beirã e a Inês foi pelo Polvo com Queijo da Serra.
A minha escolha foi, a Vitela Beirã, estava segura. A vitela foi estufada, e a descrição da empregada asseverava que foi confecionada ‘lentamente em caçolo de barro’, acreditamos. A carne estava apuradinha, tenra, muito saborosa. Acompanhou um preparado de legumes – com couve de Bruxelas, courgete – e ainda, pera! Muito interessante. Arroz basmati e batata frita ‘pala-pala’ crocante e caseira. Não sei se a batata frita é a melhor escolha neste prato, mas soube bem.
A Inês arriscou e foi para o ‘Polvo com Queijo da Serra’. Só provei o polvo e estava bem cozinhado, macio, e o queijo dava-lhe um sabor agradável. Perguntámos e foi-nos dito que o queijo eram afinal dois queijos da Serra – queijo amanteigado e queijo corno – que se completaram na textura e no sabor. Acompanhavam o polvo batatas a murro, com grelos cozidos ligeiramente temperados.
Para beber optámos por um Quinta da Arrancada, branco, Regional Beiras. Cumpriu e acompanhou bem.
Na sobremesa, aceitámos o desafio que nos era lançado logo na ementa. Fomos com o ‘Manjar do Pastor’ à procura de um ingrediente secreto. Andámos lá perto… acertámos no tipo… mas falhámos o essencial. Estava saboroso, e o desafio à superação e a mística do mistério foi essencial para a escolha daquela sobremesa em concreto.
Cafezinhos para rematar e uma conta de mais ou menos trinta euros por pessoa.
Voltaremos e recomendamos.
Muito bom.
#SerFelizÉFácil! #D’Abalada