Ao som de «Cavalgada das Valquírias», início do ato III da ópera Die Walküre (A Valquíria), Wilhelm Richard Wagner, 1856 – AQUI
[2491.] ao #15564.º
Marcelo anunciou formal e oficialmente, com uma semana e um dia depois de certezas de que o faria – porque o havia dito como ameaça de árbitro que antevê e prevê o resultado que não deseja -, que vai dissolver o Parlamento e interromper a XIV Legislatura da Terceira República e agendar eleições para 30 de janeiro de 2022.
Salomónico em relação à data… para que não perdesse a face (havia ameaçado que as eleições teriam de ser em janeiro), nem o acusassem de condicionar as disputas internas no PSD e no CDS, Marcelo distanciou-se em relação aos comentadores que o criticavam de se ter precipitado e criado, ele próprio, os antecedentes de uma crise política.
É em momentos como este que percecionamos a liderança política. E confiamos ou não confiamos. Marcelo tem o apoio popular – foi reeleito há menos de um ano – e sem dúvida que foi ele quem precipitou este resultado. Precipitou-se? É a solução que melhor protege a Nação? Por mim… confio na análise.
Não tenho dúvidas que este era o resultado que o Primeiro-ministro desejava. Trava a guerra no momento e no terreiro por si escolhido. Confio que é a decisão certa do Presidente…
Não posso deixar de considerar que a explicação de Marcelo, lida hoje, é um grande documento de ação política. Um texto para a posteridade e uma obra do momento com o momento gravado.