Os Vândalos foram uma tribo germânica oriental saqueou Roma no ano de 455, destruindo muitas obras primas de arte que se perderam para sempre. A marca que deixaram foi tão forte que ainda hoje a destruição gratuita de bens públicos – normalmente em espaço público – é chamada de vandalismo.

Durante a semana passada verificou-se vandalismo no Estádio Municipal da Mealhada, na vila de Luso em vários espaços, na Lameira de São Pedro… hoje em Lisboa alguém escreveu insultos em inglês no Padrão dos Descobrimentos em Lisboa. Para além de muitas outras situações por todo o país, como contentores de lixo em Braga, ou um cemitério secular em Viana do Castelo, bicicletas e trotinetes em Lisboa, propaganda eleitoral no Porto e noutros locais de Portugal.

Talvez uma situação mais mediática faça sobressair outras mais pequeninas e, de repente, uma normal anormalidade possa (me possa) parecer ter crescido. Talvez. Mas também me parece que o ambiente pré-eleitoral, a confrontação dialética política – especialmente nas redes sociais -, a crispação social que se cria, favorece a que haja pessoas que consideram legitimada (pela vox populi) uma posição pública de desagrado através de um acto de vandalismo.  Parece-me, por isso, que o vandalismo não vai terminar até 26 de setembro.

[2484.] ao #15476.º