Terceiro dia do segundo confinamento. Domingo de voto antecipado para as presidenciais – com os apressadinhos a irem todos de repente, logo pela manhã, todos, votar, e queixarem-se das filas -. Hospitais da Area Metropolitana de Lisboa garantem que o ‘cenário é de catástrofe’. ‘Medicina de Guerra’, ouvi hoje esta expressão.
Já é assim, há semanas – ambulâncias seis e sete horas à espera à porta dos hospitais COVID para deixarem doentes, que não podem ser recebidos por falta de camas – mas neste domingo eleitoral chegou à capa dos grandes jornais e do alinhamento dos principais telejornais. Passou a ser tangível.
‘Sepultar os mortos, tratar dos vivos, fechar os portos’, aconselhou Pedro d’Almeida – general e Marquês de Alorna – ao Rei D.José I logo a seguir ao terramoto de 1 de novembro de 1755. Passado, presente e futuro. Aceitar, resistir e confinar, hoje, como há 266 anos.
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