Na Política, mesmo autárquica, prefiro a máxima “Ou és vertical ou és esmagado” àquela outra (que é mais propalada) do não-confies-em-ninguém… Eu confio, mas procuro deixar claro a todos os que comigo trabalham que essa confiança finda quando a verticalidade se quebra. Não acerto sempre, e falho muitas vezes. Mas às minhas falhas procuro que não haja fugas. Assumo-as, sempre. Mesmo quando doi. Não sou perfeito, assumo isso e com isso a minha capacidade de falhar, mas também a minha incapacidade de fugir.

Nem todos os dias são fáceis… Nem sempre há vontade de nos mascararmos da intocabilidade feliz… Mas na Verdade, no duelo diário da vida… se baixas os olhos, perdes a guerra. Ou aguentas a verticalidade do dever-ser, do que é certo, de assumires as tuas falhas, omissões e erros, ou és esmagado.

Não sou muito dado ao consumo de livros de auto-ajuda. Apesar da sugestividade dos títulos e de geralmente terem capaz atraentes, não é a minha onda. O que não quer dizer que não compre alguns…

Jordan Peterson, canadiano, é, segundo o NY Times, o “pensador mais influente do mundo”. Escreveu recentemente o livro ‘Doze Regras para a Vida – Um antídoto para o Caos’. Elogiado também pelo Spectator, Peterson tem um canal no Youtube (aqui) onde consegue ser ouvido durante horas… numa altura em que tudo tem de ser dito em 30 segundos…

Peterson coloca o enfoque numa lógica diferente do senso comum do nosso quotidiano. “Não devemos proteger as crianças, devemos dar-lhes força para superar as dificuldades”, diz Peterson. “Se andares cabisbaixo vais ser visto como frágil e vulnerável e vais ser preterido”, assegura também.

Neste livro a lógica é a de assumir a responsabilidade individual, na verticalidade, no dever-ser, sem nos lamentarmos do Mundo e dos outros. “Levante a Cabeça e Endireite as costas”, diz a primeira das doze regras. “Não é uma metáfora: ou somos verticais ou somos esmagados”.

Na TSF, aqui

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Dia Vencido #14435