04JAN

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Diário de um Autarca #79

As responsabilidades autárquicas dão-nos o raro privilégio de nos conseguirmos surpreender com as coisas boas e as boas pessoas da nossa terra e de, para além disso, de podermos ser consequentes com a responsabilidade de enaltecer os talentos que esta comunidade tem em si mesma. Quando com as responsabilidades não vem (apenas ou principalmente) a obrigação de sublinhar apenas só o que é mau, quando se pode exaltar o que é bom, então a missão autárquica é extraordinária.

Na noite de 4 de janeiro tivemos, no nosso cineteatro municipal Messias, um Grande Concerto de Ano Novo, com as melhores tradições europeias de acolhimento de um novo ciclo ao melhor nível. A plateia do ‘Messias’ esteve quase cheia para ouvir a Orquestra Filarmonia das Beiras, regida pelo Maestro António Vassalo Lourenço. Um espectáculo riquíssimo e com a particularidade de juntar a música clássica do momento com a música dos clássicos do cinema.

Mas compreenda-se que nos encheu as medidas a participação especialíssima e muito elogiada da harpista barcoucense Beatriz Cortesão. Com dezanove anos, esta nossa jovem artista, uma das nossas, nossa porque é da nossa comunidade, da nossa cepa, a Beatriz mostrou o seu talento natural e o resultado do trabalho que há vários meses desenvolve em Milão na aprendizagem da harpa.

Confesso que não conhecia a Beatriz e o seu trabalho. Soube há alguns meses da sua existência, mas ouvi-a apenas ontem. Não consigo apreciar, não tenho conhecimentos para isso, mas fiquei maravilhado.

Uma noite mágica a não esquecer.

Foto de José António Duarte Moura