Este video encheu as redes sociais este Natal. Dói, mas é verdadeiro. Chega a ser cruel de tão claro!
Ontem sublinhei aqui a memória do avô António, que já faleceu, e as saudades que tenho dele, apesar de todos os encontros e desencontros, mas também com uma inegável cumplicidade que sempre tivemos os dois.
Intuitivamente, pesou-me a consciência das saudades que tenho da minha avó Alice, para quem sempre fui um adorado, e de quem tenho efectivamente saudades. Mas a avó Alice está viva, reside no Lar de Idosos de Medelim, a sua aldeia natal, por sua vontade. Está, no entanto, muito ausente, dela própria. Nem sempre nos conhece, sabe quem somos, mas não nos reconhece, vive num mundo diferente deste, centrado noutras coisas e noutros momentos.
Não sei o que dói mais: se a ausência do avô António se a presença (e a ausência) da avó Alice. Não tenho a certeza do que é mais humano se uma se outra.
Perdoe-me o desabafo, querida avozinha!