Perdi parte da noite a ouvir um debate que não o foi. Uma perda de tempo, portanto.
1) O modelo é tipicamente português: O debate é pensado para fazer brilhar os jornalistas que fazem perguntas elaboradas – para se perceber que estudaram -, que não tem interesse nenhum, e depois estão sempre a interromper os entrevistados – para mostrar que são duros e imparciais. Comparar este modelo com os debates americanos é ridículo. Na pratica estes debates são entrevistas simultâneas.
2) Os comentadores do PS dizem que “Costa arrasou” e os do PSD/CDS garantem que “Passos demonstrou claramente o que queria demonstrar”. Os imparciais – se o forem – declaram que nenhum dos dois foi esclarecedor face a coisa nenhuma. Na pratica, ganharam os dois tempo de antena e perderam os dois uma oportunidade para convencer os portugueses de que melhor que ter um bom governo ou um mau governo é não ter governo nenhum. E isso sim é que é preocupante para o futuro do país. Ah, e eu que gosto de política… perdi um episódio de Beirais…
3) Os dois intervenientes mostraram-se nervosos e esforçados em mostrar que não o estavam.
Fraquinho, fraquinho.