“Nenhum homem é uma ilha, inteiramente isolado, todo homem é um pedaço de um continente, uma parte de um todo. Se um torrão de terra for levado pelas águas até o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse o solar de teus amigos ou o teu próprio; a morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntai: Por quem os sinos dobram; eles dobram por vós”
John Donne. “Meditação XVII” (1623), do livro ‘Devotions Upon Emergent Occasions’, (1624)
Este meu 15272.º dia de vida ficou marcado pela notícia da morte do meu amigo José Felgueiras. Lembrei-me imediatamente deste texto de Donne, cuja frase fundamental foi eternizada por Hemingway em 1940 no romance, e em 1943 no filme, ambos com o nome “Por quem os sinos dobram”.
Quando morre um amigo, alguém de quem gostamos, morre um pouco de nós. E mesmo quando morre um desconhecido – e ouvimos os sinais na torre da igreja várias vezes no mesmo dia – é um bocadinho de nós que vai ali a enterrar.
[2462.] ao #15272.º