Terminaram os debates para as presidenciais, ontem. A campanha parece que começa hoje… só que se calhar não… Ventura é o único tema relevante num combate que se sabe que vai conduzir à reeleição de Marcelo Rebelo de Sousa – à primeira ou à segunda volta -.
Já aqui o disse, e estou cada vez mais certo disso: Os candidatos estão sem vontade nenhuma de fazer campanha. Nenhuma. Mesmo. Tino de Rans é capaz de ser o mais motivado. Para o incumbente a campanha será uma maçada. Os debates foram, portanto, a única campanha que apetece fazer aos candidatos. E, na verdade, os eleitores também estão sem vontade nenhuma de aturar campanhas eleitorais “num Estado de Democracia imergente” e em confinamento.
Em 2016, nas presidenciais votaram menos de metade dos eleitores inscritos (48,66%). Como disse o Tino de Rans, se fosse um referendo não valia. Neste combate vai haver 200 mil de pessoas presas nos lares que não vão poder votar. Para além de todas as outras pessoas com medo que não votar. Mas a data não dá para mudar… E não se pode esperar por saber quem eram, de facto, os candidatos em condições de ir a votos para mandar imprimir os boletins de voto.
Marcelo Rebelo de Sousa, em 2016, foi eleito por 52% dos votos expressos. Mas apenas por 24,75% dos portugueses em condições de votar. Em 2021 o professor-presidente pode bem cumprir o sonho e vir a ser eleito com mais de 70,35% dos votos (o recorde de Mário Soares, em 1991). Mas eu diria que dificilmente terá o voto de mais de 15% dos portugueses em condições de votar…
[2455.] ao #15266.º