Há doze anos nasceu O Fio dos Dias. Dizia eu, na altura, que era (ou poderia ser) «Um exercício de onanismo intelectual. Provavelmente». Muita coisa mudou na minha vida. Cresci em idade 42,9 % da minha existência… mais ou menos retratada neste Fio de Dias que é o Caminho, que é a Vida. A minha vida. Alturas em que escrevi mais, outras em que não escrevi nada. Momentos de maior inspiração, boas oportunidades para estar ‘calado’ que se perderam. O Fio dos Dias acabou por ser, por isso, uma representação do Fio dos meus Dias. Mais alinhado, mais desalinhado.

Mudou muita coisa. Perdi pessoas de quem gostava muito. Apaixonei-me por outras. Sou mais feliz hoje do que há 12 anos. Mas fui muito feliz nestes doze anos.

O Fio dos Dias – o blogue, note-se – tem sido um amigo fiel e invisivel. Desde esse momento inicial que lamento não ser mais assíduo, não escrever mais. Em 4383 dias escrevi 2433 postes… Destes… ficaram 37 por publicar… uns por pudor, outros por vergonha… outros nem sei bem porquê. A média dita que escrevi mais do que ‘dia-sim-dia-não’… é uma boa média para um blogue. Mas basta ver para se perceber que há meses em que não escrevi uma linha. E quem perdeu com isso fui eu. Porque escrever faz parte de mim, da minha vida.

Há doze anos, eu começava assim…