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Que pudor deve haver em evocarmos a morte de alguém cuja vida foi tão cheia, tão frutífera como a de Baden-Powell, fundador do Escutismo? Como ele próprio disse, na sua última mensagem aos escuteiros do mundo:

“Passei uma vida felicíssima e desejo que cada um de vós seja igualmente feliz.”

Passam hoje 75 anos sobre o dia em que B.-P. faleceu, ou como se diz na poética e metafórica linguagem escutista, partiu para o Eterno Acampamento. Muito haverá a trabalhar hoje com os escuteiros a este propósito… deixo – para reflexão – as últimas palavras do fundador:

Crei que Deus nos colocou neste mundo encantador para sermos felizes e apreciarmos a vida. A felicidade não vem da riqueza, nem simplesmente do êxito de uma carreira, nem dos prazeres. Um passo para a felicidade é serdes saudáveis e fortes enquanto sois rapazes, para poderdes ser úteis e gozar a vida quando fordes homens.

(…)

Contentai-vos com o que tendes e tirai dele o maior proveito que puderdes. Vede sempre o lado melhor das coisas e não o pior.

Mas o melhor meio para alcançar a felicidade é contribuir para a felicidade dos outros. Procurai deixar o mundo um pouco melhor de que o encontrastes e quando vos chegar a vez de morrer, podeis morrer felizes sentindo que ao menos não desperdiçastes o tempo e fizestes todo o possível por praticar o bem.

Estai preparados desta maneira para viver e morrer felizes – apegai-vos sempre à vossa promessa escutista – mesmo depois de já não serdes rapazes e Deus vos ajude a proceder assim.