Filosoficamente, diz-se que o fim é o princípio.
Quando algo acaba, logo outra coisa começa… “O Rei está Morto!… Viva o Rei!” ou “Adeus 2015, olá 2016!” O interminável ciclo da vida… e da morte, para quem acredita na vida para além da morte…
Por convenção, entende-se que o ano termina no dia 31 de dezembro e um novo ano começa a 1 de janeiro. Os persas assinalam-no (o Noruz) com o equinócio da primavera… e os chineses, por exemplo, têm quinze dias de separação entre o fim do ano e o inicio do novo ano (que se assinalará no próximo dia 9 de fevereiro, para começar o ano do Cavalo).
Por convenção, então, o Ano Novo pode ser uma boa altura para tomar decisões e começar novos projectos. Pode ser auspicioso… terá sido por isso que o avô Hilário e a avó Maria decidiram abrir o restaurante em 1 de Janeiro de 1973? Parabéns família pelo 43.º aniversário! Terá sido por ser um bom dia para começar que alguém convencionou que o dia 1 de janeiro de 1992 seria um bom dia para o agrupamento de escuteiros da Mealhada (re) nascer? Parabéns pessoal pelo 24.º aniversário! Terá sido por isso que o dia 1 de janeiro é o dia da Solenidade Católica de Maria, mãe de Cristo? Ou Dia Mundial da Paz? A Paz é sempre um bom começo… quando o fim tem sido sempre fazer mais guerra…
A independência do Haiti, em 1804, do Sudão, em 1956, de Cuba, em 1959 e da Eslováquia, em 1993, também poderia ter sido bons princípios para novos países, que hoje assinalam, também, o seu dia nacional. Em 1669 – vinte e nove anos depois da restauração – o Papa Inocêncio XII reconheceu (através da Dilectum Filium) a Independência de Portugal… outro bom principio.
Há 1971 anos (a primeira vez que se comemorou o ano novo foi em 45 d.C.) que este dia é bom para principiar coisas. Que tudo o que principiemos hoje perdure!