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Assinala-se hoje o 97.º aniversário do Armistício que pôs fim à Primeira Guerra Mundial – à primeira ‘Grande Guerra’ – e que deu os passos decisivos para uma pacificação da Europa e para a humilhação da Alemanha que veio dar origem à Segunda Guerra Mundial, vinte e um anos depois.

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Interessará pouco estar a tratar de todos os temas relacionados com a Grande Guerra e Portugal. A mim interessar-me-ia mais sublinhar a falta de patriotismo com que o país – este país, o nosso – tem lembrado todos os que morreram nesta Guerra. Não só os que morreram na Flandres – o Corpo Expedicionário Português – mas, e principalmente, todos os que morreram em Angola e Moçambique a defender os territórios do Império Português.

Na Primeira Grande Guerra foram mobilizados 105542 portugueses – para Angola, Moçambique e para o Corpo Expedicionário Português -. Dez por cento deles morreram, cerca de 10 mil.

Morreram mais soldados portugueses em quatro anos de Primeira Guerra Mundial, do que em treze anos de Guerra Colonial – em que o número de mortos nos três principais teatros das operações foi de 8289 baixas.

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