Entre estas duas fotografias há dez anos de diferença. A primeira foi tirada em setembro de 2005, na EPVL, quando a Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, visitou a escola para dar inicio ao novo ano lectivo. E a segunda foi tirada em 4 de julho de 2015, na cerimónia do 24.º aniversário da escola que foi também de homenagem ao Eng.º João Pega.
Na primeira fotografia, João Pega era diretor da EPVL e eu diretor do Jornal da Mealhada. Na segunda, eu sou diretor da EPVL e João Pega o homenageado…
Na primeira foto nota-se, pelos sorrisos, a cumplicidade que desde uns anos antes havia entre nós. Na segunda foto é notória, pela atenção e pelos olhares que essa cumplicidade persiste, dez anos depois.
Quando, em Dezembro de 2004, César Borges Carvalheira – presidente da gerência do Jornal da Mealhada, Lda, numa equipa constituída, ainda, por Abílio Duarte Simões e Hélder Xabregas – me convidou para ser diretor do Jornal da Mealhada, a minha relação com João Pega era afável, embora pouco próxima. Eu conhecia-o, não fosse ele uma figura pública da urbe e filho de um mestre-avô que eu tive quando era muito jovem, o professor Armindo Pega. Tinha sido meu treinador de basquetebol – ou tentado ser, porque sempre fui uma nódoa desportiva – e num momento de maior aflição tinha-me dado umas explicações pontuais de Matemática, na preparação de um ou outro exame ou prova nacional.
À medida que o tempo foi passado, e que fui assumindo a liderança diária do projecto Jornal da Mealhada, fui tendo um maior contacto com o diretor-geral da EPVL e as nossas conversas foram-se tornando mais intensas, mais demoradas, mais frutíferas. Desde o primeiro contacto na pele dessas minhas funções jornalísticas com João Pega, ele me mostrou o seu apoio, me demonstrou o seu carinho e a sua colaboração. Não é mentira que o Eng.º Pega seja um fervoroso fã dos jovens e da juventude.
Alguns meses depois, João Pega tornou-se presidente da gerência da Jornal da Mealhada, Lda e reconduziu-me no cargo de diretor, numa fase particularmente dificil que atravessou a morte do Padre Abílio Duarte Simões. A partir daí as nossas relações aumentaram de proximidade e tornámo-nos, mesmo, muito próximos. E sempre solidários um com o outro nos momentos mais complicados e complexos.
Em Outubro de 2013 quando fui convidado para lhe suceder na direcção-geral da EPVL fui falar com ele antes de aceitar. E conseguimos fazer uma sucessão que, eu pelo menos assim o considero, fez história e seria interessante que fizesse escola na forma como a sucessão de um grande organização pode e deve ser feita.
Continuamos a ser confidentes um do outro, apesar de entre nós haver uma diferença de idade de 41 anos.