Li, nos últimos dias, a primeira encíclica do Papa Francisco (e simultaneamente a última de Bento XVI), Lumen Fidei – Luz da Fé. Apesar de o tema, a Fé, ser muito mais complexo do que os temas das três anteriores encíclicas (Deus Caritat Est – Deus é Amor, sobre o “Amor Cristão”. Spe Salvi – Salvos na Esperança, sobre a “Esperança Cristã”, Caritat in veritate – A Caridade na Verdade, sobre “o Desenvolvimento Integral na Caridade e na Verdade”), achei este texto muito mais simples, muito mais acessível, muito mais próximo. Não terá sido indiferente o estilo do escrevedor.
As quatro encíclicas papais parecem completar uma triologia alargada e enunciada na Epístola de São Paulo aos Coríntios: «Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.» 1 Coríntios 13:13
«Assim, o dinamismo de fé, esperança e caridade (cf. 1 Ts 1, 3; 1 Cor 13, 13) faz-nos abraçar as preocupações de todos os homens, no nosso caminho rumo àquela cidade, “cujo arquitecto e construtor é o próprio Deus” (Heb 11, 10), porque “a esperança não engana” (Rm 5, 5).
Unida à fé e à caridade, a esperança projecta-nos para um futuro certo, que se coloca numa perspectiva diferente relativamente às propostas ilusórias dos ídolos do mundo, mas que dá novo impulso e nova força à vida de todos os dias. Não deixemos que nos roubem a esperança, nem permitamos que esta seja anulada por soluções e propostas imediatas que nos bloqueiam no caminho, que “fragmentam” o tempo transformando-o em espaço. O tempo é sempre superior ao espaço: o espaço cristaliza os processos, ao passo que o tempo projecta para o futuro e impele a caminhar na esperança.»
AQUI… ainda