Voltar para cumprir
Regressámos. A edição impressa do Jornal da Mealhada
voltou às bancas, às mãos dos nossos assinantes e ao
convívio dos nossos leitores mais tradicionais. Demorámos mais do que esperávamos. Tardámos mais do que desejámos. Mas aqui estamos: Renovados, fortalecidos e cheios de energia para regressar ao nosso lugar, na promoção do Direito à Informação, através de um jornalismo sério, honesto, independente e livre. Voltámos para cumprir.
voltou às bancas, às mãos dos nossos assinantes e ao
convívio dos nossos leitores mais tradicionais. Demorámos mais do que esperávamos. Tardámos mais do que desejámos. Mas aqui estamos: Renovados, fortalecidos e cheios de energia para regressar ao nosso lugar, na promoção do Direito à Informação, através de um jornalismo sério, honesto, independente e livre. Voltámos para cumprir.
A empresa JM – Jornal da Mealhada Lda, a detentora do Jornal da Mealhada desde julho de 1987, foi liquidada. Os activos e o passivo da empresa foram adquiridos pelos principais credores, nós próprios, que, depois de várias tentativas e uma profunda maturação, decidimos doar os títulos de comunicação social – o Jornal da Mealhada, o FRONTAL e a revista VIA – à Santa Casa da Misericórdia da Mealhada.
A Santa Casa da Misericórdia da Mealhada é uma instituição centenária – o que é garante da sua perenidade e da perpetuidade dos seus valores intangíveis –, a mais antiga das não-públicas no concelho da Mealhada, com um forte enraizamento nas comunidades da região, com a alma cheia dos ideais que se esperam de um jornal regional que, como dissemos em dezembro, é, acima de tudo, das pessoas e das comunidades. Dito de outra forma, consideramos que a Santa Casa da Misericórdia da Mealhada acaba por ser a instituição ideal para, na garantia da continuidade, como legado da comunidade, receber a propriedade do Jornal da Mealhada.
Mesmo assim, os dirigentes da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada, na humildade de quem recebe um legado naturalmente oneroso, obviamente sensível, especialmente sujeito ao escrutínio público, e ciente de que para além de ser é preciso demonstrar credibilidade, aceitou o ónus da constituição de um Conselho Editorial, composto por três personalidades, e a quem caberá manter os valores intangíveis da publicação, tais como a independência, a objectividade, o rigor e a defesa intransigente das comunidades onde se insere, garantindo a total Liberdade, de expressão e de pensamento, e a Independência da publicação.
Nos próximos meses, que são tempos estivais e de férias, a edição impressa do Jornal da Mealhada será quinzenal. Depois disso, reavaliar-se-á a questão no sentido de, com sustentabilidade, regressarmos ao contacto semanal.
O contacto direto e imediato com os nossos leitores através da edição on-line, na internet, com atualizações diárias e em tempo real, manter-se-á. Ficou demonstrada a relevância da ferramenta, a utilidade deste novo instrumento de informação e de comunicação comunitária.
O tempo de paragem serviu, como no propusemos, para refletir, para garantir que é prestado, com qualidade, um serviço, que outros, antes de nós, assumiram e do qual nos sentimos herdeiros e, acima de tudo, legatários. Um serviço que se quer cada vez melhor, cada vez mais próximo das pessoas, um serviço que o seja verdadeiramente e cada vez mais cuidado.
Os seis meses em que estivemos sem edição impressa foram penosos, difíceis e duros. Mas foi muito importante e gratificante a confiança, que, quase todos, demonstraram na nossa palavra, na promessa de que voltaríamos. A eles – assinantes e anunciantes, especialmente – o nosso agradecimento.
Prometemos e cumprimos. Voltamos ao seu contacto, através da edição impressa. “Frescos e preparados para o futuro”. Nos próximos meses contamos apresentar uma nova imagem, uma nova apresentação. Trabalharemos ainda no desenvolvimento de novos produtos, novas formas de divulgação da informação e, também, novas ferramentas de intervenção. Mais fortes do que nunca, com o rigor e seriedade de sempre, estimulados e conscientes de que, enquanto houver estrada para andar, é nossa obrigação, é nossa missão, continuar. Não por nós, mas por todos.
Editorial do Jornal da Mealhada de 4 de julho de 2012
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