HOJE…
É dia de SÃO NUNO DE SANTA MARIA. Que é um dos maiores portugueses de sempre: o Condestável de Dom João I, Nuno Alvares Pereira – avô dos Braganças que reinaram em Portugal de 1640 a 1910.
Nuno Alvares Pereira foi um líder político de exceção. Para além do estratega e do grande obreiro da vitória de Aljubarrota apoiou João, rei “de Boa Memória”, na consolidação de uma Nação em afirmação, com a assinatura de alianças estratégicas fundamentais – como a primeira de todas, a mais antiga, a luso-britânica – e a demarcação política face aos castelhanos e leoneses, nossos vizinhos e arqui-inimigos.
Nuno é nome português, não há tradução deste nome para outras línguas. Discute-se se a palavra deriva da palavra grega nuonu (dado ao escravo responsável pela pedagogia das crianças filhas dos cidadãos), se do hebraico nun, que significa “peixe”, se do latim nunnus (avô) ou nonnus (aio). Mas isso pouco interessa.
Tentámos, este ano, realizar um jantar de Nunos, para celebrar o nome e homenagear o Santo Condestável. Não foi possível. Provavelmente não encetámos os esforços necessários em tempo útil. Para o ano, já o prometemos, começaremos mais cedo e procuraremos fazer da data um acontecimento a repetir-se daí para a frente.
Mas no dia de hoje – para quem, como eu, acredita na convivência dos santos com o divino superior – interessa apelar a São Nuno de Santa Maria, pedindo-lhe a intercessão em dois sentidos:
– O primeiro no sentido de inspirar as nossas classes dirigentes na prossecução do bem-comum dos portugueses;
– O segundo no sentido de nos inspirar a todos na resistência e na coragem para aguentar o hoje e ter forças para acordar amanhã.