Monsenhor José Espírito Santo poderá ser o novo Bispo de Coimbra
O Diário de Coimbra anuncia hoje o nome do Monsenhor José Rafael Espírito Santo – atual Vigário Regional da Opus Dei em Portugal – como o 65.º Bispo de Coimbra, sucessor de Dom Albino Cleto, prelado desde 24 de março de 2001. O jornal de Coimbra reconhece que têm sido vários os nomes apontados como sucessores de Dom Albino – como o de Dom Carlos Azevedo, bispo auxiliar de Lisboa -, mas anuncia que o Vaticano divulgará o nome do novo prelado no próximo fim-de-semana – Domingo de Ramos.
Noticia do DIÁRIO DE COIMBRA, de hoje 13 de abril de 2011.
«O próximo bispo de Coimbra vai ser o padre engenheiro José Rafael Espírito Santo, vigário regional em Portugal da Prelatura pessoal do Opus Dei. A notícia da nomeação vai ser feita oficialmente na Rádio Vaticano no próximo fim-de-semana, garantiu-nos fonte próxima da Santa Sé.
O padre José Rafael Espírito Santo [na verdade é monsenhor] nasceu, em Lisboa, em 1959 (tem 52 anos) e obteve licenciatura em Engenharia Civil pela Universidade de Coimbra em 1982. Ordenado sacerdote em 1987, depois de completados os estudos teológicos em Roma, desenvolveu o seu ministério sobretudo no meio universitário como assistente espiritual do Opus Dei.
Recorde-se que D. Albino Cleto pediu, em Março de 2010, a sua resignação, por limite de idade, imposta pelo Código de Direito Canónico, aguardando-se há mais de um ano a nomeação do seu sucessor.
Durante todo este período foram adiantados vários nomes como prováveis sucessores de D. Albino Cleto, como foi o caso de D. Carlos Azevedo, bispo auxiliar de Lisboa. A certa altura, porém, admitiu-se que seria escolhido um sacerdote que ainda não seria bispo, tendo sido falado o nome do padre Virgílio Antunes, reitor do Santuário de Fátima. A escolha de José Rafael Espírito Santo acaba assim por ser uma surpresa e se associarmos a sua nomeação à de D. Pio Alves, recentemente, como bispo auxiliar do Porto, também ele da prelatura do Opus Dei, podemos estar perante um reforço de influência deste movimento na Igreja Católica em Portugal. Não deixa, ainda, de ser simbólica esta nomeação tendo em conta que foi em 1946 que começaram a chegar precisamente a Coimbra os primeiros membros do Opus Dei em Portugal.»
Aguardamos confirmação.
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"Non quod id fulget, aurum est"
Caríssimo, por acaso pelo facto de ser Monsenhor deixou de ser Padre.
Meu Deus, como andam alguns dos nossos católicos: menosprezam a beleza do ser Padre e ficam-se [entre parentesis rectos] pelos títulos que a Igreja dá…
Ser Padre é dom de Deus…
Ser MOnsenhor é dádiva dos homens…
Publiquei este comentário sem saber quem é o autor. Mas faço-o só para poder ter a oportunidade de clarificar que em lado nenhum está escrito que por ser monsenhor deixou de ser padre.
Meu Deus, como andam alguns dos leitores da língua portuguesa!
Monsenhor é um título eclesiástico dado pelo Papa – a pedido do bispo diocesano – a um padre. Se o padre José Rafael Espirito Santo foi agracidado com esse título, porque razão – quando queremos identificar o senhor – o devemos ignorar?
E repito, é abusiva a leitura de que ao dizer que o senhor é monsenhor, deixou de ser padre!
Já passou o fim de semana e nada de bispo.
Sinto-me, até, um bocado defraudado com a noticia do Diário de Coimbra!
Há muito tempo que no seio dos católicos da nossa diocese se falam de vários nomes – do de D.Carlos Azevedo, por exemplo, -, mas só desta vez é que vi a coisa espelhada nos jornais… Tenho pena, mais parece ser mais uma calinada do Calinas!
Fico estupefacta com a nomeação de mais um bispo do Opus Dei no prazo de 2 meses. Este é um sinal que a Igreja Portuguesa está de costas voltadas para o seus padres, para o laicado e para as mulheres.
1. Recusar a nomeação de um bispo inteligente, por um padre do Opus Dei, é trocar a Graça do Espírito Santo, pelo poder – pelo poder;
2. Não imaginam a visão retrógrada que este movimento tem das mulheres? Obrigando-as a terem reuniões aparte dos homens – para não contaminarem o olhar angelical dos santos…
3. Esta nomeação é o «pagamento» formal pela visita e o sucesso orquestrado da Visita do Papa Bento XVI a Portugal…
4. A Ordenação ou Sagração deste monsenhor (titulo comprado, que é um beneficio humano, que não é concedido pela Graça) é o sinal claro que Coimbra passará a ter Missas de Cu voltado para o Povo…, em Latim…, com a obrigação da Batina nos padres e no Seminário Maior;
5. Com a nomeação deste monsenhor fica resolvido o problema disciplinar dos Seminários. Os seminaristas passam todos a ter como regra de Vida o Caminho e as outras Cartilhas do Opus Dei…
6. Não será de espantar que as Igrejas passem a ter dois horários nas missas: um para os homens e o outro para as mulheres. A confissão auricular passará a ser semanal e obrigatória, mas só com os padres do Opus Dei…
7. O Concílio Vaticano II será um livro proibido dos padres e dos leigos – porque o único que o pode entreparar será o prelado diocesano…
8. O Opus Dei tem a edição de um novo testamento, que é o único livro que os leigos podem ler 15 minutos por dia; a Liturgia das Horas terá que ser em Latim e só para os Padres, omitindo-se a decisão Conciliar que «a Liturgia das Horas é para toda a Igreja».
Esta nomeação é um retrocesso atroz na tradição das últimas nomeações para bispos, porque com esta fica consomada uma radical cisão entre a CEP e uma nova Diocese, que viverá à margem da Igreja – obedecendo diretamente ao Pai, O Sumo Prelado do Opus Dei.
Deo Gracias
Maria do Rosário Osório
Cara Maria do Rosário Osório:
Interessa lembrar que o anunciado (pelo Diário de Coimbra)anuncio da Santa Sé não se confirmou e, portanto, ainda não se sabe quem será o sucessor de D.Albino.
Quanto aos comentários que fez da Opus Dei, parecem-me manifestamente exagerados! Tanto naquilo que é a génese da Opus Dei, como do poder de um bispo (de um bispo – singular) na sua diocese (enquanto comunidade com leigos)e na conferência episcopal portuguesa. Mas são, apenas, opiniões! As suas e as divergentes!
Obrigado pelo seu comentário.
Cumprimentos
DA AGÊNCIA ECCLESIA – NO DIA 21.04, Quinta-feira Santa da Ceia do Senhor.
Coimbra: Novo bispo «dentro de algumas semanas»
D. Albino Cleto fala sobre a sua sucessão em celebração com os padres da diocese
Coimbra, 21 abr 2011 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra afirmou hoje que o seu sucessor no cargo deve ser conhecido “dentro de algumas semanas”, pedindo aos padres da diocese que saibam “dar graças a Deus” por esse momento de “sucessão apostólica”.
D. Albino Cleto falava na homilia da Missa Crismal, a que presidiu esta manhã, sublinhando que o “gesto da renovação das promessas sacerdotais torna-se particularmente significativo ao aproximar-se a vinda de um novo pastor diocesano”.
“Efetivamente, quando dentro de algumas semanas lhe soubermos o nome, não serão os seus dotes ou limites pessoais que primeiramente nos hão de motivar, mas sim o dar graças a Deus que, pela, continua a cumprir o que Jesus prometeu: «Eu estarei sempre convosco»”, prosseguiu.
Na mesma celebração de quinta-feira Santa, em 2010, Albino Cleto tinha revelado aos sacerdotes diocesanos que apresentara a sua renúncia ao cargo, após completar 75 anos de idade, limite que o direito canónico impõe aos bispos diocesanos, exigindo que apresentem a sua renúncia.
O bispo de Coimbra falou ainda do desânimo de alguns padres “ao verificarem que a sociedade parece dispensar” os seus serviços “se eles não forem de apoio social”.
“Isto desde a esquematização das escolas, a regularização do casamento, a programação das festas e do lazer, até ao acompanhamento na doença, o estabelecimento em rede da caridade e as próprias cerimónias do funeral”, elencou.
Para o prelado, “a sociedade pode e deve encontrar vias de solução para os problemas com que se depara, mas, sem alma, sem a força do Evangelho, sem a luz e a seiva de Deus, os caminhos da sociedade são veredas perdidas”.
“Na história da Igreja este é de novo um momento em que urge tomar consciência do essencial. E o essencial é sermos uma comunidade de fé, de esperança, de amor e de graça”, observou Albino Cleto, pedindo também que os leigos sejam “profetas enviados por Deus aos meios em que vivem e trabalham”.
OC
" D. Jorge Ortiga, líder da Conferência Episcopal Portuguesa (CEF), garantiu que todas as nomeações de novos bispos têm seguido «o processo comum», adiantando que, em relação à substituição de D. Albino Cleto, «não há ainda qualquer» decisão.
O «processo comum» implica, segundo Ortiga, que o Núncio Apostólico em Portugal (o representante diplomático do Papa) escolha três nomes entre os indicados pelos bispos, e que os proponha ao Vaticano, que tem a última palavra. Mas segundo fontes da Igreja, a escolha de Pio Alves terá sido feita directamente por Rino Passigato, o actual Núncio, e apanhou mesmo de surpresa tanto o presidente da CEP como o próprio bispo do Porto, D. Manuel Clemente"
O sol
Olá Nuno Canilho,
A tua questão ou a do teu site é muito pertinente, porque para nós padres que estamos na pastoral directa temos que confessar, também, os nossos irmãos do Opus Dei, porque eles não são livres para o fazerem com os confessores que a Obra lhes impõe e recorrem para o fazer depois do terem feito nesse dia ou no dia anterior.
Não li todas as noticias, mas senti a grande decepção dos meus irmãos no sacerdócio, no almoço, com o nosso Bispo, na passada quinta-feira Santa. A questão que tu colocas é mais complexa e como tal tenho que reconhecer, que as questões apresentadas e as outras que tive acesso, por fotocópias, tem algo de perverso pela verdade nelas contidas.
• Alguma vez visitas-te uma casa da Obra, em Coimbra?
• Concordas com o seu luxo burguês, num tempo de vacas magras ou de camélias e com fome nas zonas rurais na nossa diocese?
• É compatível uma riqueza burguesa; uma criadagem mal paga, que serve os padres e os numerários que nos nobres Chalés vivem?
• Ao longo de todos estes anos, dos Opus entre nós, qual é a sua Obra de Solidariedade Social, que estas casas ou membros seculares e padres da Obra têm na nossa Cidade ou na esfera pastoral da Nossa Diocese de Coimbra?
• Conheces alguma Instituição a nível nacional deste Obra da Igreja com uma “opção preferencial pelos pobres”?
• Não conheço as pessoas, as razões dos seus comentários e muito menos o eleito e os seus acólitos que se anteciparam a cantar o Sanctus antes do Aleluia.
• Não sei se a culpa foi dos serviços centrais da nossa diocese, da CEP ou da Nunciatura Apostólica?
– Não, não foi!
– Terá sido um ou vários Bispos unidos que estão a ver as coisas irem longe de mais e passaram a informação. Quem falou tem essas e outras informações, certamente. Eu sou padre e conheço o rastilho.
– Mas o melhor e deixarmos as coisas caírem por aqui…, e vamos acreditar que o Espírito Santo Conceda aos Nossos Bispos a coragem para dizerem ao Delegado do Papa, que em Portugal há uma “Igreja Sinodal”, da qual o Nosso Saudoso D. Manuel de Almeida Trindade foi pioneiro e que o Senhor D. João Alves ajudou a solidificar com a participação activa e pastoral na Igreja Portuguesa.
– Sim, somos inaptos, mas não somos estúpidos; somos inconformados, mas amamos os nossos bispos; somos simplórios, vivemos pobres e com eles partilhamos a nossa mesa e o nosso pão. Não temos criadagem nem chalés. O nosso Clero passa dificuldades e o nosso povo está já a passar fome!
• Não nos faltam Pastores santos e espirituais, sem serem monsenhores e engenheiros, o que a nossa Diocese precisa é de um bispo amigo dos seus padres, do seu rebanho e disponível a caminhar na pobreza das nossas vidas, das nossas casas e dos nossos meios – sem estigmas e burguesias.
Coragem pela ousadia da tua denúncia, cumprimenta
Mons. João, presbítero da Igreja Coimbra
Caro P.João
Em Verdade, em Verdade lhe digo que as respostas às perguntas que me faz é Não. Não conheço essa obra de amor aos pobres da parte da Opus Dei. Mas da Opus Dei conheço pouco para além do óbvio e do que se fala na comunicação social. Nunca li o 'Caminho' e o mais que conheço terá a ver com o testemunho e o resultante das homilias de alguns párocos simpatizantes da Obra que me estão próximos.
Concordo com a maior parte do que diz. E também eu espero duas coisas: que o Espírito Santo ilumine os bispos portugueses e que o novo pastor de Coimbra seja conhecido rapidamente, para acabar com mais especulações.
Um abraço em Cristo.
Caro Nuno,
Os nossos Bispos foram «ingénuos» ao darem de mão beijada «o palco» da preparação e a execução da visita pontifícia. Foi uma prenda envenenada, agora eis aí a factura:
– um bispo para o Porto, um 2.º para Coimbra, outro para Lamego (uma Cátedra, que já é do Opus Dei); e o putativo arcebispo-coadjutor de Lisboa que Roma, a Opus Dei e a Comunhão e Libertação vão lutar nos média nacionais e, particularmente, nos fax´s e nas delações que, diariamente, fazem para os diversos Decastéreos do Vaticano.
– A Igreja é feita de homens, que vivem dos negócios do mundo, mas estes trabalham, também, nos negócios sagrados.
Resta-nos o Credo, a Tradição e a Fé!….
Louvado Seja Deus e que Deus nos perdoe esta rebeldia eclesial.
Padre Pedro
Caro Nuno Canilho,
O Padre João é um homem de águas profundas, não perde tempo e vai direto ao assunto.
Sim, a Espiritualidade da Opus Dei são os negócios profanos e as mercancias sagradas. Mas é claro e é mais do que evidente; e toda a gente já percebeu que o Rino Passigato e a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé «querem sagrar Pombos de Correio» como novos bispos, para circuncisar o plenário dos bispos; colocando olheiros nas dioceses, para amordaçar os rebeldes, os padres, as freiras e o laicado que resta; denunciando, para Roma, quem não fizer parte do «sistema triangular» da Obra, como tem o feito, ao longo dos últimos anos, nas paróquias e comunidades de Coimbra: onde tudo circula e vai parar Roma. A que preço?
Pax Christi!
P. Mário,
Grande matéria para reflexão e preocupação, sem dúvida.
Imaginemos que o presidente da república de Portugal era nomeado pela Comissão Europeia com base nas propostas dos presidentes em exercício nos 27 países da União. Como é que os portugueses se sentiriam?
Na prática, é o que se passa com a nomeação dos bispos.
Faz algum sentido que o bispo de Coimbra (de Bragança ou de Lamego) seja proposto pelos outros bispos e nomeado por Roma?
Que conhecimento têm do que se passa nas bases do Povo de Deus, que sustenta os seus pastores?
Será isto cristão, eclesial, ético?
É claro que há pessoas das dioceses que são auscultadas. Mas, como tudo se passa nm clima de secretismo e aleatoriedade, o resultado é o clima de intriga, delação e favorecimento.
É triste o clima que se vive na nossa Igreja.
Tanto se fala da da Tradição, mas na nomeação dos Bispos, a Tradição mais antiga está suspensa há séculos!
Dá que pensar.
Os pastores estão cada vez mais afastados do Povo. O Povo está cada vez mais afastado dos Pastores. Até quando?
Mas não se admirem. O actual Núncio, por onde passou, sempre apostou na nomeação de bispos da Obra. É obra!
Que sabe este senhor das aspirações do Povo de Deus em Portugal?
Uma reflexão impõe-se. Mas enquanto ela não surge, vamos regressando ao passado e hipotecando o futuro!
Bom, agora já sabem quem é!
Nuno Canilho, não o conheço! Em minha opinião, você exultou cedo.
Mas você merece a minha admiração. Conseguiu fazer com que alguns padres mostrassem o que são: manifestos intriguistas, que vêm defeitos em todos os que chegam a bispos.
Talvez seja aquilo que em psicologia tem o nome de projecção. Alguns também sonharam com a mitra, mas ela nunca caíu.
Mas aguarde porque a bomba mais escandaloza ainda não rebentou.
Creia os negócios obscuros não se passam só dentro de gente ligada ao Opus Dei. Andam por aí alguns que só usam cabeção, quando representam que também escondem negócios muito esquisitos.
E alguns são devidamente pagos com titulagem que enche o ego de alguns, mas que enjoa a maioria do Povo simples de Deus, que olha para o Cristo Servo, como seu e único Senhor.
Excelência ou Monsenhor Da Sagrada Obra,
Na Igreja não há santos e pecadores, mas sim homens e mulheres, que procuram a escada do Céu. Não há vitórias e derrotas; porém quem as vê nesta visão redutora, não pode vir de Deus, mas sim do espírito do mal.
Um bispo deve surgir pela aclamação natural e sinodal do Povo de Deus, na Igreja Diocesana e, posteriormente, ratificada pela CEP e confirmada pela Sé Apostólica.
O Opus Dei, tem a memória curta, quando nos anos 50 / 60 o P. Escriva (nome do registo Batismal, porque o Escrivá, só mais tarde é que foi retificado para não haver confusão com os escrivas do templo) ponderou que a sua Obra ficasse na Jurisdição da Igreja Ortodoxa Grega e ao Patriarcado de Constantinopla. O P. Escriva nunca aceitou o Papa João XIII, o Papa Paulo VI e, particularmente, o Concílio Vaticano II.
Os presbíteros diocesanos são incultos, incrédulos, analfabetos e estúpidos porque não são advogados, engenheiros ou médicos; porém os Monsenhores não estudaram Teologia. Fizeram-na ao fim de semana e nos meses de Julho, Agosto ou Setembro de cada ano e só 20 anos depois é que são doutores de sebentas de um pensamentos sem conteúdo, que basculham, controlam e delatam para Roma tudo o que os nossos bispos dizem ou fazem, se não estiverem de acordo com os apontamentos da sebenta, dos fins de semana.
Os bispos portugueses e os padres diocesanos até podem ser tudo o que os Monsenhores, Doutores, Advogados ou Engenheiros do Opus dizem para Roma, mas também não são todos estúpidos, como os membros dessa Sagrada Obra persistem arrogantemente em dizer nos vossos círculos de «associados…, cooperadores…, supernumerários…, ou numerários (os íntimos). Não temos serviçais, mas também não vivemos no fausto; não temos batinas, mas também não temos roupas de marca e «anéis femininos» de consagração nas mãos; não sabemos teologia, mas também não fizemos um curso em 20 anos por fax; não somos santos, mas também não compramos as comendas.
Somos todos as ovelhas ranhosas do rebanho, mas somos nós que damos no duro e escutamos aqueles que vocês traumatizam, criam os escrúpulos e que marcam negativamente. Acolhemos e não passamos para as empresas e para as Instituições que este é de confiança e aquele outro não é honesto.
Em suma o vosso CV é igual, em tudo, ao do Núncio Apostólico e a vossa especialidade é trabalhar com pretos, serviçais, mulheres de cara tapada e com mercancias ou negócios ocultados pelo Ministério Público e pelos Juízes do Opus Dei.
A ética nos negócios são aquelas que vos dão jeito, segundo os montantes em jogo. A pessoa não é boa em si mesma, mas pelo montante financeiro que abona à Obra (sem recibo e contabilidade) para os santos pagaram o fausto de uma religião de espiritualidade trinitária: ortodoxa, católica e calvinista, mas tudo caso a caso, mas quem decide é o Vosso Pai ou os seus guardas pretorianos.
Por tudo isto o Opus Dei queria o Espírito Santo, em Coimbra, para controlarem o rebanho e implementarem os cursos de teologia de fim de semana e do fax.
Não nos ameacem com «falsos» casos de corrupção, que não existem, porque os Monsenhores tem o rabo entalado com os graves escândalos do BCP do qual nunca fizeram o luto, porque outras oportunidade de negócios ainda pode passar.
Saudações em Cristo,
P. António Vicente
Finalmente que a Opus Dei dá a cara, depois de ter celebrado a festa antes do tempo.
Ameaças! Insinuações! Raivosa! Purulenta! Vaidosa! Autocrática! E arrogante!
Agora percebemos porque é que a Igreja está a ficar com as Igrejas vazias: divide e reinarás, difama e delata, intimida e faz pressão, não por Deus, mas só o poder pelo poder.
Não importam os meios, para justificar os fins: o poder e o esplendor no seu plural majestático. A Verdade não o bem, mas parte de outras manobras de diversão, para inglês ver. O fim mesmo é o poder e só o poder, na política laica, nos partidos e nos corredores do sagrado: o Poder é o mistério e o ministério de um verdadeiro seguidor de S. Josemaria.
O importante não é o Povo de Deus ou a Igreja, mas sim e só o pensamento, a autoridade única e incontestável, com a aparência de bem ou de sagrado.
O Poder não é pecado, mas o Caminho que nos leva à Cidade de Deus, desde que essa mesma Cidade de Deus, seja governada pelos predestinados da Obra.
Em casos excecionais até é compatível coabitar com o poder de um «príncipe não praticante» (S. Tomás de Aquino) ou corrupto é bom desde que ele não interfira na esfera de influência do sacro império.
O Opus Dei deu a cara e não conseguiu esconder o caudilho do Franquismo que carrega sobre si e a sua hostilidade presunçosa de uma visão anticlerical.
O importante não é ser padre, pastor ou santo, o essencial é ser um Doutor da Lei. Não importam os meios, mas só o domínio das consciências adormecidas ou anestesiadas!
O Povo cala, os padres não mujam e os bispos não rujam com o medo das intrigas e das informações que vão na mala diplomática para Roma todos os dias ou nas fugas de informação da imprensa e nos blogues «clandestinos da obra».
É esta a Igreja tão proclamada e abertamente desejada pelos inimigos do Concílio Vaticano II!
Eles venceram e aqueles que acreditam numa renovação mais evangélica até podem sair, porque quem não aceita a «regra» está contra a Eles e no Opus Dei só há dois caminhos: o Deles que é O Caminho e aquele que leva à destruição do homem ou da mulher.
O medo instalou-se, a liberdade de falar, de comunicar e de participar ficou castrada e, de agora em diante, a Opus Dei vai criar os factos mediáticos e tentar dar sinais que Portugal é a Babilónia, dividindo entre os seus membros e os membros da Comunhão e Libertação o ódio cismático, do bem e do mal, dos pecadores e do «apreço acarinhado pelo pecado lícito».
Aplica-se a moral do momento em desfavor de uma ética universal. É tudo Obra de Deus!
Irmã Maria Emanuel
A Igreja Portuguesa corre sérios riscos de perder tudo o que construiu de colegialidade episcopal , com carácter sinodal a nível nacional, colocando em prática, as doutrinas conciliares, cedendo a uma visão centralizadora do Munus Episcopal.
Recentemente, alguém afirmava, nas Jornadas de Teologia da UCP do Porto, que a Igreja Portuguesa é uma Igreja Episcopaliana, com presbíteros sem voz e com um laicado afastado na participação democrática do governo central da Igreja.
Com uma Igreja e uma Monarquia misógina, com uma Aristocracia Episcopal e gregoriana; com uma legislação sagrada, que a única pessoa que pode aplicar a lei é o Aristocrata; com um Livro Sagrado e a Tradição Patrística, cuja o Único intérprete e com poder Ordinário é o Príncipe.
Perguntamos, com a afirmação do Professor da UCP do Porto, para que são necessários os padres e os leigos?
Para manter as mordomias da Nobreza Episcopaliana, que vive cada vez mais afastada da realidade temporal do seu rebanho, mutatis mutandi, salvo melhor opinião, sem vida espiritual e sem uma vida em conformidade com o seu estatuto canónico: de pastores, de santidade, de mestres na doutrina e no bom governo da diocese.
Conclusão:
A Diocese de Coimbra e as demais Dioceses, tem vindo a assistir a um crescimento abissal de novas comunidades cristãs de cariz evangélica e horizontal, sem hierarquia e sem direito, sem aristocracia episcopal e sem tronos. Nós assistimos a um endurecimento de regras e de processos, de requerimentos e de burocracia canónica cujo os padres e os leigos já expelem pela ausência do espírito fundacional do Cristianismo dos Actos dos Apóstolos.
Não nos espanta o esvaziamento «progressivo» e «acelerado» das nossas Igrejas, com consequente venda das Igrejas para discotecas, bares, bibliotecas ou centros comerciais, fruto da inércia pastoral e, particularmente, social de uma Igreja que teme em fazer uma «opção preferencial pelos pobres» em detrimento de uma Igreja fausta, episcopaliana ao serviço do Opus Dei e dos movimentos conservadores ou de partidos de uma direita saudosista.
Porém, não nos peçam mais dinheiro, renúncias ou campanhas para apoiar o status quo, porque o povo já não paga a manutenção das despesas das paróquias e tenham mais respeito pelas a Igreja escondida e oculta, doméstica e paroquial.
P. Manuel dos Santos