Chegou-me hoje às mãos – através da Marta Varandas, e da diligência sempre sagaz da MSL – a novel revista C.
Trata-se de um interessante produto editorial – da cidade de Coimbra com pretensões regionais – da BeirasTexto, de António Abrantes, fundador e até há pouco tempo detentor do Diário As Beiras.
É um produto interessante – como já disse. O formato revista acaba por ter atrativos que estimulam o leitor. Torna-se um objecto mais perene, mais valioso do que o jornal, que amarelece e apodrece. Eu sou fã de revistas – confesso.
Nesta primeira edição – o número zero – chamaram-me a atenção um conjunto vasto de artigos (não resisto a citar alguns seguidamente)que me fazem augurar um bom percurso para a C. Vou esperar pela próxima edição – a 3 de Fevereiro.
O corpo editorial conta com Fernando Moura – o blogger coimbrão (ou coimbrinha?), do ‘Sexo e a Cidade’, detentor de um perfil arrojado e inovador -, ele próprio um guru do i-jornalismo regional.
Esta revista – chamada de uma letra só – que nasce depois de Abrantes ter vendido o Diário das Beiras à Fapricela e ao grupo Lena, que por sua vez é o dono do jornal i – não deixa de ser um interessante reflexo de uma revolução que estamos a viver na imprensa portuguesa. Uma revolução feita de guerras que tem estimulado a criatividade e a inovação. Uma revolução que – assim esperamos – o mercado vai premiando e punindo.
Mantenhamo-nos atentos…
Na sexta-feira é o Diário As Beiras que se revoluciona graficamente, depois de o ter feito à relativamente pouco tempo. Numa publicidade publicada na edição de ontem era garantido que ia ser “mais prático e moderno, formato reduzido e agrafado” – mais próximo do jornal i, entenda-se. São profícuos os tempos que correm!