Aníbal Cavaco Silva foi reeleito Presidente da República, no ato eleitoral de hoje, 23 de janeiro, à primeira volta, com 52,9 por cento dos votos.
Numa nota muito pessoal, permitam-me o registo para o número de votos em branco – absolutamente recorde e ignorado pela comunicação social televisiva -, enquanto rotundo protesto ao sistema politico vigente.
A abstenção esteve a par do que já se registara em 2001, na reeleição de Jorge Sampaio. Registe-se, no entanto, que nessa altura o número de cidadãos já falecidos nos cadernos eleitorais era muitissimo significativo, o que nos leva a crer que a abstenção real em 2011 tenha sido cerca de três a quatro pontos superior à de há 10 anos.
Relativamente aos resultados de cada uma das candidaturas, surpreendeu-me a votação em José Manuel Coelho, o ‘Tiririca’ como muitos lhe chamaram… Nos últimos dias ouvi muita gente dizer que ia votar nele, mas nunca pensei que essa expressão eleitoral global tivesse tão perto de candidaturas como a de Franscisco Lopes – que tem o eleitorado fiel do PCP – ou tão acima de um homem que é deputado nacional (sem sintomas relevantes de patologia psiquiátrica – como são os visiveis no candidato madeirense).
Relativamente aos concelhos onde acompanho a realidade política, permitam-me, também, algumas notas.
No concelho da Mealhada, Cavaco Silva ganhou em todas as freguesias. O que não deixa de ser histórico. Apesar de ser apelidado de o mais socialista dos municipios do distrito de Aveiro, o candidato do centro-direita foi o mais votado, com 48,84 por cento dos votos (3758 votos).O candidato Manuel Alegre, apoiado pelo PS e pelo BE, ficou em segundo lugar com 26,21 por cento (2017 votos). Fernando Nobre obteve 1133 votos – 14,72 por cento dos votos.
Em mesas como as mais jovens (a 2 e 3) da freguesia da Mealhada, por exemplo, Fernando Nobre teve uma votação muito maior do que Manuel Alegre, o que não deixa de ser muito relevante numa análise politica concelhia.
O número de votos em branco, no concelho da Mealhada, foi absolutamente recorde, o que não deixa de ser digno de reflexão!
Mais informações e análise nas edições impressas do JORNAL DA MEALHADA e do jornal FRONTAL da próxima semana!
Venceu a Coerência, Obra Feita, Esperança e Honestidade, contra a Falsidade Ideológica, Demagogia e Bota-Abaixismo.
Quanto ao JMC, a diferença é que o "tiririca" no Brasil assumiu a sua candadatura como "brincadeira", como alternativa ao voto em branco. O JMC utilizou este campanha como trampolim populista na Madeira. De lamentar…