As palavras têm os seus significados e os dias também.
É, aliás, esta máxima que procura ser sublinhada neste blogue.
O dia 1 de Novembro é, para os católicos (apostólicos romanos) o ‘Dia de Todos os Santos’. Por sua vez, o dia 2 de Novembro é o ‘Dia dos Fiéis Defuntos’.
São dias distintos. E com missões ‘catequéticas’ diferentes. Como o primeiro é feriado e o segundo é o mais querido pelas pessoas que não esquecem os seus entes queridos, quase todos fazem no feriado o que deviam fazer no dia 2. E faz sentido, mas a utilidade não deve, no entanto, suplantar a intenção que preside à criação destas duas solenidades.
«A festa do dia de Todos-os-Santos [1 de Novembro] é celebrada em honra de todos os santos e mártires, [re]conhecidos ou não. A Igreja Católica celebra a Festum omnium sanctorum a 1 de novembro. A Igreja Ortodoxa, por exemplo, celebra esta festividade no primeiro domingo depois do Pentecostes, fechando a época litúrgica da Páscoa. Na Igreja Luterana o dia é celebrado principalmente para lembrar que todas as pessoas batizadas são santas e também aquelas pessoas que faleceram no ano que passou.»
«Desde o século II, alguns cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram. No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava. Também o abade de Cluny, santo Odilon, em 998 pedia aos monges que orassem pelos mortos. Desde o século XI os Papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia aos mortos. No século XIII esse dia anual passa a ser comemorado em 2 de novembro, porque 1 de novembro é a Festa de Todos os Santos. A doutrina católica evoca algumas passagens bíblicas para fundamentar sua posição (cf. Tobias 12,12; Jó 1,18-20; Mt 12,32 e II Macabeus 12,43-46), e se apóia em uma prática de quase dois mil anos.»