Tinha prometido a mim mesmo que ia à Barragem de Santa Luzia, na Pampilhosa da Serra, onde hoje (15.08) acabou o ROVER 2010. Senti que tinha obrigação de lá ir dar um beijinho à Diana Cardoso, cumprimentar o Pedro Vasconcelos e a sua equipa, e o Valdez, o Francês, o Pedrosa, entre outros – por tudo aquilo que já aqui tinha dito e por tudo aquilo que censurei antes de postar, definitivamente, a minha apreciação sobre o que eu entendo que significa esta actividade para o CNE. Senti que tinha obrigação – a grande obrigação – de ir visitar o Nelson, e os meus caminheiros: a Barbara, a Marta, o Diogo e o Samuel, que, de alguma maneira, estão naquela actividade para grande orgulho da minha parte e representando o meu agrupamento, me fazem participante a mim também (sou um invejoso). Senti, ainda, que seria importante dar a todos os escuteiros do meu Núcleo o sinal de que apreciamos – nos caminheiros e nos dirigentes – o facto de terem participado na actividade e de o terem feito com tanta disponibilidade e qualidade.

Depois de ter conseguido a cumplicidade do grande João Paredes, lá reuni “condições” para ir à Pampilhosa da Serra no sábado à noite. Uma vez mais – à Canilho – viagem cheia de aventura e adrenalina, sempre a testar os limites do grande Saxo-azul, companheiro inseparável – juntamente com Santa Maria, Mãe dos Escutas, que sempre nos tem safado – de uma completa falta de responsabilidade logistica.

No acampamento encontrei gente cansada. O que é muito bom sinal.
Encontrei gente com capacidade critica. O que me parece ser um fantástico sinal.
Encontrei caminheiros e dirigentes queixosos com os problemas do costume nas actividades do CNE de grande escala – quando é que resolvemos estes problemas, Meu Deus?
Encontrei alguns dirigentes com o olhar brilhante e a verbalização – estranha – daquela dupla sensação: “Encontrei gente fantástica, capaz de garantir o futuro, e de fazer coisas maravilhosas e cheia de capacidades!” e, ao mesmo tempo: “Encontrei gente completamente irresponsável sem noção nenhuma de para onde veio e do que vinha fazer!”.
Encontrei os responsáveis máximos no limite dos nervos, mas com um sorriso do dever cumprido. Quase como o que a Espanca chamava de “bebedeiras de azul”.
E fiquei muito orgulhoso – enquanto dirigente do CNE – do que me foi narrado acerca do impacto que o Rover 2010 causou nas comunidades onde os caminheiros realizaram acções de serviço.

Eu acho que o próximo Rover não vai ter de esperar nove anos para voltar a nascer.
Eu acho que está mais que provado que esta actividade é uma necessidade e a melhor resposta para uma necessidade pedagógica e uma garantia de qualidade na aplicação do método escutista.
Fiquei com a sensação de que há aspectos na organização e vivência da prepração da actividade que vão ter de ser adaptadas…

… Mas a verdade é que os pais da criança, há uma década, têm razão para estar contentes e mostrar que o Tempo, esse grande justiceiro, lhes voltou a dar razão.

Até 2014!