Eu e a Inês fomos (estamos) a viver (por enquanto) na parte norte da Avenida Dr.Luís Navega, uma das mais compridas artérias do centro da cidade da Mealhada. Com a nossa “instalação”, a população residente naquele lado da rua aumentou 40 por cento. É engraçado!
Primeiro, o grande salto civilizacional que foi saltares de Sernadelo para a urbe. Aproveita.
Segundo, trata de cumprir a tua função e começa a povoar a artéria.
Apesar de o número 13 da Luís Navega ter sido a minha primeira casa, para ali fui depois de sair da maternidade, a verdade é que sou um sernadelense – para o bem e para o mal. E a Sernadelo voltarei, assim que o ninho estiver concluído.
Mas é com grande prazer que resido, por enquanto, na baixa da cidade. Nas ruas despidas de vida, e cheias de ritmo!
Pela saudade de quem já morou nesta casa, pela saudade do posto da GNR na esquina, pela saudade do carnaval buliciar ali ao fundo depois de um almoço de carne de vaca estufada ao domingo, pela saudade dos passeios, pela mão, com o avô António – altivo, sem olhar para as biqueiras dos sapatos -, e às cavalitas do padrinho Rui, depois de fazer rabiscos nuns blocos de apontamentos e de dizer que quando fosse grande grande queria ser jornalista, como ele.
Ah e pela vizinhança, claro!