Ter razão não é difícil. Difícil é convencer os outros a disporem-se a pensar um bocadinho fora da caixa e a entenderem outros pontos de vista.
Ter razão não é difícil. Difícil é convencer os outros a disporem-se a pensar um bocadinho fora da caixa e a entenderem outros pontos de vista.
Escrevo-te, acima de tudo, porque há palavras que não devem ficar por dizer e o meu estado de choque não me permitiu verbalizar algumas coisas, que me parecem importantes.
O trabalho, quando feito em conjunto, é sempre mais divertido, mais interessante e tem sempre melhor qualidade. Haver da parte dos alunos um sentido de unidade e representação só pode ser uma mais valia para a escola no seu todo.
A Nova Escola, perante uma realidade onde parece que mais nenhum modelo existe, tem de ser o espaço dos afectos, a atenção, da motivação, do encorajamento, da valorização do ser humano. Voltamos (porque já foi assim noutros tempos) a uma altura em que os educadores – não só os professores, mas também os funcionários e os alunos – têm de voltar a estar atentos a quem não tem comer em casa, a quem não tem casa, a quem não tem roupa em condições, a quem não tem carinho, a quem não tem no seu quotidiano gestos de amor, a quem não sabe o que é a experiência do afecto…
É preciso perder para depois se ganhar/E mesmo sem ver, acreditar.
É a vida que segue e não espera pela gente/Cada passo que demos em frente/Caminhando sem medo de errar.
Se houvesse alguma terra chamada ‘Obrigado’, situar-se-ia em Moçambique, na província com o mesmo nome e chamar-se-ia Inhambane, que é como os locais dizem ‘obrigado’, naquela que Vasco da Gama chamou a ‘Terra da Boa Gente’.
Poético?
Estive …
O português apresenta, assim, um factor diferenciador às demais línguas que é muito mais do que meramente linguístico. Mostra, o Obrigado português, um nível de intensidade fortíssimo de vínculo, de ligação entre as duas pessoas a quem une um motivo de gratidão e agradecimento.
Obrigado EPVL. Obrigado a todos.
Enquanto isso, enquanto vai-não-vai lá temos de matar saudades com o caminho dos outros…
É este sopro humano /Universal /Que enfuna a inquietação de Portugal.
É esta fúria de loucura mansa /Que tudo alcança /Sem alcançar.
“Estai preparados desta maneira para viver e morrer felizes”.