(1920-2008)
Desde 1913 que a AAC tinha a sua sede localizada na Rua Larga, no r/c do velho edifício do Colégio de S. Paulo Eremita que não oferecia as mínimas condições. No andar de cima situava-se o Clube dos Lentes, espaço há muito destinado aos estudantes, mas que tardava em ser cedido.
Insatisfeito com as decadentes instalações, na madrugada de 25 de Novembro de 1920, um conjunto de estudantes dividiu-se em três grupos: um para ocupar a torre da Universidade usando chaves falsas, outro para o assalto ao Clube dos Lentes, e outro para defender a sede da AAC, isto é, o rés-do-chão do Colégio.
Pelas 7 da manhã, a cidade acordava ao som de salvas de tiros e sinos a repicar. “Tomada da Bastilha”, expressão que desde a Revolução Francesa simbolizava a luta com os opressores, foi o nome logo associado ao assalto. À noite, a Academia desfilou, da Alta até à Baixa, num cortejo luminoso ao qual se associou a população da cidade. Perante a rebeldia estudantil, o Reitor – depois de reaver o mobiliário – imediatamente cedeu as instalações e assim, a AAC passou a ter sede condigna, onde permaneceu alguns anos.