Ou seja, é um dia importante para todos os que estudaram em Coimbra, como é o meu caso. Estava determinado a, quando acabasse o curso, escrever um texto sobre a minha pena em Coimbra e no curso de Direito em particular. Na minha cabeça tinha palavras para a Coimbra mãe, para a Coimbra companheira, para a Coimbra amante, mas também para a Coimbra puta e para a Coimbra madrasta e traidora.
Hoje pensei nisso e decidi desistir. Posso dizer que em Coimbra, enquanto estudante, passei do pior tempo na minha vida. Foi onde sofri mais, onde mais tempo e mais vezes bebi do fracasso e da angústia. Entrei um herói, saí um derrotado.
O pior castigo que poderia dar a Coimbra era ignorá-la e apagá-la da minha vida. Mas hoje percebi que não consigo e que mesmo muito magoado continuo a amá-la, como a uma velha amante, uma velha puta, uma velha traidora… mas que também soube ser mãe e companheira.
Para os Barrascos, da Imperial Casa dos Malvados, saia um eferreá… que o resto são misérias.
Bandarilheri pinatorum.