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Perpassam hoje 166 anos sobre a última condenação à morte em Portugal! Victor Hugo, o escritor francês de “Os Miseráveis” foi dos primeiros a saudar a superação civilizacional que os portugueses demonstraram na altura.

O que não é muito conhecido é o nome, ou a identidade, do último condenado: DIOGO ALVES –o criminoso do Aqueduto das àguas Livres que de 1836 a 1839 perpetrou vários crimes hediondos-. Há uns tempos disseram-me, e depois vi que um antigo director do Jornal da Mealhada até já tinha escrito sobre isso, que DIOGO ALVES era natural da freguesia do LUSO eventualmente da Lameira de Santa Eufémia! O que não deixa de ser espantoso.

Quem mo disse ficou de me trazer o livro onde se baseia. Disse-me também que a rainha D.Maria II, sabendo que o fulano era de cá, e ela que tanto gostava disto, até terá apoiado a mulher e os filhos no regresso e na instalação na terra natal. Fico à espera.

Numa primeira pesquisa, na internet, nada consta nesse sentido e até me dei ao luxo – vejam o que eu gosto desta terra – de comprar um livro recente sobre o personagem! Vasculhei à procura da naturalidade de Diogo Alves. A verdade é que segundo o autor o Diogo Alves não é do LUSO mas de LUGO. Ou seja, para conveniência nacional e patrioteira um dos maiores criminosos de Portugal só podia ser galego. Porque de Espanha nem bons ventos… nem bons casamentos!

Se alguém souber mais que ajude aqui um sernadelense que gosta muito do Luso. E que deixa o repto aos amigos do Luso, mesmo os que gostavam de ter uma praia na Lameira (resta saber se junto da escola ou junto ao cruzamento de Barrô…).

Este ilustre luguense (ou lusense?) tem a cabeça “estudada, mas hoje já não sai de dentro de um recipiente de vidro, onde uma solução aquosa lhe tem perpetuado a imagem de homem com ar tranquilo – bem contrária ao que realmente foi” (in wikipédia)
“Sabe o que vai na cabeça de um terrível criminoso? A história de Diogo Alves, o último condenado à morte em Portugal, em 1841, intrigou os cientistas da então Escola Médico- -Cirúrgica de Lisboa, que resolveram aproveitar o enforcamento deste homicida para tentar perceber a origem da sua pura malvadez. (…) Para Manuel Valente Alves, director do futuro Museu de Medicina (…) a cabeça de Diogo Alves relança para o debate a questão do eugenismo, numa altura em que se discute a clonagem humana ou o acesso ao banco genético de cada um de nós.” (in Diário de Notícias)