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Amanhã há eleições para os órgãos dirigentes da JSD da Mealhada. Não vou votar porque não estarei no concelho da Mealhada no horário da votação. Mas se estivesse votaria, e fa-lo-ia na lista de Bruno Coimbra (mesmo sendo a única). Por duas ordens de razão.
Por razões afectivas. Porque sou amigo do Bruno, do João Varela, por exemplo, e, também, porque sou irmão do vice-presidente… e o sangue também diz qualquer coisa.
Mas faço-o também por razões ideológicas. O modelo de JSD defendido pela equipa de Bruno Coimbra integra-se no que defendi enquanto fui dirigente da JSD. Uma JSD especialmente preocupada em, primeiramente, formar pessoas capazes de desempenhar funções políticas com qualidade e sustentabilidade e, também, construir um projecto politico de juventude para a comunidade em que se insere.
Acredito, sinceramente, que o objectivo de uma estrutura política deve ser, sempre, o de mudar efectivamente o mundo. E, em termos políticos, mudar o mundo é exercer o poder com qualidade, convicção e, repito, sustentabilidade.
E esta deve ser a postura da JSD, a de formar e oferecer ao partido e ao concelho autarcas de excelência – que representem os jovens, pensem como jovens, que interajam com os jovens, que sejam jovens. Que evitem ter pouca idade e os piores defeitos dos politicos profissionais.
Entendo, no entanto, que esta não deve ser a exclusiva tarefa da JSD e que há todo um papel de sedução aos jovens e de dar vitalidade ao partido que está por fazer. Acredito que a equipa de Bruno Coimbra saberá perceber isso e, de uma vez por todas, fazer o que eu, e as minhas equipas, nunca conseguimos, dar energia positiva, alegria, dinamismo à JSD para revitalizar o PSD.
Esta deve ser uma preocupação. Sempre disse que a JSD deve dar um passo atrás para que o PSD possa dar um, dois, ou meio passo em frente. E o modelo de JSD que é necessário até Novembro de 2009, na Mealhada, é o de abrir o partido aos jovens e não fechá-lo. Não fechar a estrutura, nem impedir ninguém de dar o seu contributo, mesmo que discorde, mesmo que afronte. Porque, se não, o PSD não sai da cepa torta!
Que os futuros dirigentes (que infelizmente não serão eleitos com o meu voto) tenham sabedoria para perceber o que é prioritário, o que devem fazer e, acima de tudo, para ouvir e assimilar a opinião de todos (dentro da estrutura ou fora dela), sem cair na soberba de pensar que ‘nós somos os bons e os outros não valem nada’.