O Cineteatro Messias foi inaugurado há 68 anos, em 18 de janeiro de 1950. Momentos altos, baixos e assim-assim têm marcado uma casa de espectáculos bonita – do arquiteto Cassiano Branco – e bem localizada que, imponente, condiciona a memória que temos da Mealhada. Todos já chorámos no Messias… todos já fomos felizes no Messias…
Áquele palco já subiram heróis e vilões, virgens e prostitutas, ricos e pobres, verdades e mentiras, todos… e o melhor é o pior de nós… todos. E Maria Matos, Vasco Santana, António Silva, Irene Isidro, Henrique Santana, Laura Alves, Ruy de Carvalho, Eunice Muñoz, Raul Solnado, e tantos, tantos outros. E produções de La Feria e do Macaca com o Tó Macarrão… já teve 500 lugares… agora tem tantos quantos o dia do ano… já esteve em ruína e já sofreu com a democratização da televisão e do cinema e das pipocas e de tudo…
Em 11 de Abril de 1990 foi mandado encerrar para reabrir, com gestão municipal, em 27 de outubro de 2001.
Cinema, teatro, música, bailado, variedades… podemos encontrar de tudo num espaço aberto aos melhores profissionais e aos mais humildes amadores… mas continua muito por fazer e há uma página nova de programação do espaço que é preciso começar a escrever. E isso motiva-nos e mobiliza-nos.
Quase sete décadas depois, o ‘Messias’ continua a ser o espaço privilegiado da Cultura, promovida pelo Município e pelas associações culturais do concelho e da região. Vamos comemorar os setenta anos com uma nova energia e depois de testada uma nova fase do local onde todos já chorámos e onde todos já fomos felizes. Uma obra que um homem, o Comendador Messias Baptista decidiu oferecer à Mealhada e à região.