O que vai acontecer à Europa que se vê com milhares de miseráveis à sua porta a tentar entrar seja de que maneira for? O que pode esta Europa fazer por estas pessoas? Esta Europa que não consegue garantir emprego para os seus nacionais. Esta Europa que não consegue garantir coesão social entre o norte e o sul, o oriente e o ocidente. Esta Europa que vive uma crise de valores, económica, financeira, moral e cívica.

migrantes

Duzentas e vinte e quatro mil pessoas atravessaram o Mediterrâneo nos primeiros seis meses de 2015 para chegar a esta Europa. Muitos milhares repousam na “vala comum” – assim lhe chamou o Papa Francisco – que é hoje o mar que separa a África da Europa. Isto são evidências, são pessoas reais, gente que é tão humana como cada um de nós. E que arrisca.

Mas a verdade é só uma: Temos condições para dar a estas pessoas uma vida minimamente digna?

Não será demagogia criticar os políticos e dizer que temos que acolher os migrantes?

Será assim tão difícil compreender que há sitios na Europa – como na ilha de Kos, na Grécia – em que a situação está fora de controle e há centenas de refugiados sírios trancados num estádio desportivo?

Será impossível compreender as razões que podem levar um país europeu a construir um muro de quatro metros de altura na fronteira da Europa comunitária?

Será inconcebível reconhecer a necessidade de medidas extremas no sentido de impedir os migrantes de entrarem em cada um dos países da Europa?

migrantes2

E a propósito da Grã-Bretanha… a não perder o programa da SIC Radical “Benefits Street“! Um reality-show que mostra o quotidiano e o dia-a-dia dos milhares de cidadãos desocupados, desempregados, doentes e muitos já drogados e dementes que constituem o que chamam de “os subsidiados na Grã-Bretanha”.

O que pode esta Europa fazer por estas pessoas?