incendios

 

Começou o verão português.

Vinte e dois minutos de telejornal mostram bombeiros de todo o país a combater incêndios em mais de 150 teatros de operações, em que nada é fingido, tudo é real até queimar. Arouca, Vila Nova de Cerveira, Mangualde, Loures, Vila Nova de Paiares e Penacova ardem… Miranda do Corvo vigia cinzas, assim como Lamarosa e tantos outros tons de cinzento com cheiro a queimado.

Um combate que envolve milhões… de euros em gasóleo, em reparações de viaturas, em desgaste de pneus. Um investimento de milhares… em homens e mulheres que estão vestidos até aos ossos na frente do lume, exigindo-lhes – todos nós – que sejam profissionais, que aguentem 24 horas de trabalho intenso e ininterrupto. E que voltem a trabalhar logo a seguir, assim que chegarem ao mundo real onde já não são soldados, são só pessoas.

Pais, mães, esposas e maridos, muitos filhos, antigos bombeiros esperam que voltem depressa. Diretores das associações de bombeiros e comando rezam para que regressem todos os que foram.

É o verão português.