Na política portuguesa a definição de ‘liberal’ é pejorativa. Diz-se que uma pessoa é liberal para atacar alguém, querendo dizer que essa pessoa defende o capitalismo sem alma ou não tem preocupações sociais. Eu, no entanto, acredito que sou Liberal, mais liberal do que Conservador, mais Liberal do que Social-democrata.
O discurso de Guy Verhofstadt, belga, do lado dos flamengos, antigo primeiro-ministro, e hoje líder da Aliança dos Liberais e Democratas Europeus no Parlamento Europeu, em frente a Alexis Tsipras, sobre a Grécia, no dia 8 de julho, é esclarecedora da falta que os políticos liberais fazem num debate de partido único (do pragmatismo) ou bipartidarismo (os da Situação e os da Oposição).
De modo assertivo, Guy Verhofstadt disse o que ainda nenhum líder europeu tinha conseguido dizer, com verdade, e sem arrogância nem paternalismo, ao primeiro-ministro helénico e, acima de tudo, aos gregos.