Ontem, 8 de abril, o primeiro-ministro grego – o grande Alexis Tsipras – foi a Moscovo fazer duas coisas; vender a alma a Putin e procurar irritar os europeus – a quem deve dinheiro e que mantêm um boicote diplomático e económico à Rússia por causa da Ucrânia. Tsipras garante que não é um pedinte… mas trouxe a garantia da entrada dos russos nas privatizações que o vão obrigar a levar a cabo em troca de deixar passar um gasoduto pela Grécia desde a Turquia. E de dizer publicamente que está na hora de “abandonar o ciclo vicioso das sanções”.
Enfim, é a Realpolitik.
Mas Tsipras trouxe ainda uma outra prenda… com uma história muito engraçada…
Putin ofereceu a Tsipras, um ícone ortodoxo roubado pelos nazis (os tais alemães a quem a Grécia quer pedir uma indemnização) na Grécia durante a II Guerra Mundial. Um porta-voz do Kremlin explica que: “O ícone roubado de uma catedral ortodoxa grega pelos nazis foi levado para a Alemanha”.
E pergunta-se então: Como é que o icone chega às mãos dos russos? O porta-voz descai-se: “O soldado nazi que o levou foi preso em 1945 pelas tropas do Exército Vermelho e entregue às autoridades da Grécia”.
Ah! Muito bem! Os russo prenderam o soldado alemão ladrão e entregaram-no aos gregos em 1947!
Entregaram o ladrão… mas não entregaram o ícone…
Pois é, estamos em 2015… e só agora é que entregaram o ícone!