Foto do dia
Depois de perder as primárias,
António José Seguro demitiu-se do cargo de secretário-geral do PS
Deve ser frustrante andar com a cruz às costas e na fase em que pode parecer estar-se na reta final alguém nos derruba e toma o lugar, quando o pior já passou… Ser líder do PS hoje não é tão difícil como há três anos, quando a missão era atravessar o deserto fazendo oposição a um governo de coligação que está preso a um acordo de assistência draconiana negociado e assinado pelo PS. Quando o objetivo era resistir a uma imagem de PS onde o líder anterior está todas as semanas, na televisão pública a vomitar trampa na ventoinha.Seguro era um líder frágil, mas aguentou o partido na fase mais difícil da sua história. Seguro era um líder jovem e progressista, mas completamente isolado e constantemente debaixo de mira. Como se tivesse um alvo nas costas…
Mas fez o que precisava ser feito durante três anos. Abriu o caminho. Agora ver-se-á se Costa e os Socráticos têm unhas para tocar a viola num ano que falta para ganhar as eleições a um governo que tem resistido e se tem mostrado reformista e transformador. Faltam 12 meses. A ver vamos.
Costuma dizer-se que “Roma não paga a traidores”… Os militantes e simpatizantes do PS preferiram o candidato que trapaceou o líder do partido… vamos ver se vão manter-se fieis a quem já mostrou ser capaz de trair…