A poucas horas do anúncio do Comité Nobel Norueguês sobre a identidade do 126.º galardoado com o Prémio Nobel da Paz, faz sentido ressuscitar a reflexão do tema e uma opinião muito pessoal sobre este tema.

Já noutras oportunidades declarei que acho que o Comité Nobel deve a atribuição do Nobel da Paz à Organização Mundial do Movimento Escutista. Deve-o, depois de em 1923 e 1924 o ter negado a Lord Robert Baden-Powell de Gilwell, fundador do Movimento Escutista.

O Mundo tem 32 milhões de escuteiros no activo (dados de 2010), número a que se deve somar os homens e mulheres que o foram quando crianças e jovens e hoje, já adultos não o são. Se fossem contabilizados, a cifra colocava-se nos 300 milhões de pessoas. Dos quase 222 países que existem no mundo, apenas em 6 destes territórios não existe escutismo. Em cinco deles por razões óbvias – República Popular da China, Coreia do Norte, Laos, Myanmar e Cuba. E ainda em Andorra também não há escutismo, porque nunca houve.

Centenas de homens e mulheres que fizeram a sua aprendizagem no Escutismo são figuras impares da história mundial contemporânea (ver aqui), um deles, por exemplo, o Prémio Nobel da Paz 2006, Muhammad Yunus, o Banqueiro dos Pobres, ou o Prémio Nobel da Paz de 1996, D.Carlos Ximenes Belo, ou ainda o Prémio Nobel da Paz de 2009, Barack Obama.

O Escutismo é um Movimento de Paz, que se rege pelo lema mundial “Creating a better world” e que se constitui como uma grande fraternidade mundial de “Mensageiros para a Paz“.

A noticia, amanhã, de que o Comité Nobel Norueguês havia galardoado a Organização Mundial do Movimento Escutista, mais do que uma grande alegria, seria um singular acto de justiça.

Aguardo.