Se têm emprego dizem achar que o seu emprego é o pior do mundo e melhor fora se estivessem desempregados. Se estão desempregados lamentam-se e dizem que fariam qualquer coisa… bolas! Nunca estão contentes com nada, estão sempre a olhar para o buraco na toalha e para a nódoa na camisa! Será possível que na dificuldade o caminho seja sempre o do faducho, o dos violinos da depressão que gritam como se o mundo tivesse desabado sobre as cabeças!
Não há uma palavra de esperança, um gesto de alegria, um sinal de que há sempre mundo para além da crise e das dificuldades?
Claro que os politicozecos de trazer por casa que por aqui temos não ajudam. Não se cansam de gritar o desalento, de estar a sublinhar a desgraça e o mal que estamos. Mas se deixarem de estar na oposição, ou se estando na oposição nacional estiverem na situação local, já está tudo óptimo e já se vive no melhor dos mundos. Há uma bipolaridade que nos está a influenciar negativamente a todos.
Portugal está em crise há 900 anos. Nasceu na crise, e mesmo quando éramos riquíssimos vivíamos crises e tínhamos problemas muito sérios. Mas há limites… “pimenta no cu dos outros é refresco” e com o “mal dos outros passo eu bem!”, mas porque raio havemos estar constantemente a olhar para o mal quando há tanto bem para ver!