Esta
trapalhada da declaração de elegibilidade ou não de certos candidatos a
autarcas – num tribunal são aceites só porque ninguém se queixou, ou
quem se queixou não tinha ‘legitimidade’ por não ser candidato, e noutro
tribunal já não são aceites – revela, mais uma vez, a completa falência
do sistema político português. Revela a incompetência dos partidos
políticos – que preferiram refugiar-se em equívocos para não tomar uma
decisão clara -, do sistema de justiça – com decisões a bel-prazer dos
sacerdotes impreparados que nunca são responsabilizados pelas decisões
que tomam -, e dos cidadãos – que assistem ao fogo no paiol impávidos e
serenos.
Ontem
em Coimbra, dois candidatos à União de Freguesias de Santa Clara
Castelo Viegas, de dois partidos diferentes, foram considerados
inelegíveis. O mesmo tribunal declarou elegíveis outros cinco candidatos
que estão exactamente nas mesmas circunstâncias. A diferença? Em Santa
Clara/Castelo Viegas houve um Movimento Independente que reclamou e nos
outros cinco sítios… não. Compreende-se?