Conheci Raquel Varela na Faculdade de Direito de Coimbra, no nosso primeiro ano (97/98). Deixei de a ver, calculo que alguns anos depois tenha mudado de curso. Folgo em saber que teve sucesso. Mas sempre foi assim: um pseudo-paladino da superioridade moral da Esquerda. Vestia Gucci, mas defendia a luta contra a burguesia e o capitalismo, defendia a liberdade de expressão mas fez piquete à porta da Sé Velha para humilhar as velhotas que foram à missa no dia do aniversário de Salazar, proclamava dictates políticos do alto da sua beleza flamejante nas assembleias magnas, mas nunca moveu uma palha para ajudar os colegas nas comissões de curso, na construção do Núcleo de Estudantes de Direito – que nessa altura dava os primeiros passinhos. As singularidades de uma rapariga loira. Um espanto de mulher, mas com um esquisito complexo de superioridade moral.
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