Balada da Despedida do 5º Ano Jurídico 88/89

Sentes que um tempo acabou
Primavera de flor adormecida,
Qualquer coisa que não volta que voou,
Que foi um rio, um ar, na tua vida.

E levas em ti guardado
O choro de uma balada
Recordações do passado
O bater da velha cabra.

Capa negra de saudade
No momento da partida
Segredos desta cidade
Levo comigo p’rá vida.

Sabes que o desenho do adeus
É fogo que nos queima devagar,
E no lento cerrar dos olhos teus
Fica a esperança de um dia aqui voltar.

E levas em ti guardado
O choro de uma balada
Recordações do passado
O bater da velha cabra.

Capa negra de saudade
No momento da partida
Segredos desta cidade
Levo comigo p’rá vida.

Letra/Música: António Vicente, João Paulo Sousa e Rui Pedro Lucas.

Prosseguindo na nostalgia pós-Queima das Fitas, que resiste sempre, depois, da última noite do Parque – porventura no pré-trauma da época de exames -, fica mais uma recordação desses tempos funestos de malvadices e barrasquices!

Uma balada lindissima que fica no ouvido de qualquer pessoa. Andei com ela debaixo da língua o fim-de-semana todo… Este tema – a Balada do 5.º ano Jurídico de 88/89 – tem, agora, a grande particularidade de ter sido escrita pelo bom amigo António Vicente, um mealhadense por adopção que vai dando, no seu gesto simpático e de galã, o ar de sua graça pela baixa mealhadense!

Um amigo de há uns tempos, que foi capaz de produzir um tema lindo, de saudade, mas de futuro. De beleza e de eternidade. De frescura na tristeza, porque também a partida pode ser de felicidade!

E não é isso a serenata monumental da Queima das Fitas? Uma profunda e chorosa alegria da partida na saudade? Uma saudade do futuro!

Um hino.
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