No dia 5 de junho, nas Eleições Legislativas vou votar na lista do PPD/PSD por três razões:
1.º Porque a lista do círculo de Aveiro tem o meu amigo e mealhadense Bruno Coimbra, pessoa que muito estimo e admiro;
2.º Porque para além do Bruno na lista está, também, Amadeu Albergaria, outro amigo por quem tenho a máxima confiança e que me dá, também ele, garantias de boa representação política;
3.º Porque uma maioria parlamentar do PPD/PSD provocará a indigitação, para o cargo de primeiro-ministro, de Pedro Passos Coelho, que é a única personalidade política portuguesa que neste momento tem condições políticas para formar governo e governar Portugal de forma satisfatória.
Se as razões n.ºs 1 e 2 não se observassem, o meu voto iria para o CDS/PP, que, na minha opinião, merece, nesta fase, o apoio suficiente para integrar o próximo governo. E a presença do CDS/PP é essencial ao próximo Governo.
Não subscrevo os apelos por parte dos antigos chefes de Estado e do Presidente da República à concertação e à unicidade político-partidária pré-eleitoral. Na minha opinião, os partidos devem ir a votos, os portugueses devem fazer as suas escolhas e, depois disso, na fase de formação de Governo, deve procurar-se a formação de um Governo suportado por uma maioria parlamentar abrangente. Ou seja, mesmo que o PSD tenha maioria absoluta deve convidar o CDS/PP a integrar o Governo. Se o PS tiver maioria absoluta deve convidar outros partidos a integrarem o Governo. Só no caso de necessidade (se PSD+CDS ou PS+ outro partido não tiverem maioria absoluta) é que fará sentido a formação de um governo PS+PSD+CDS.
Como eu acho que, tão importante como um Governo forte é a existência de uma oposição credível e forte, não me parece que faça sentido – sem haver disso necessidade – que, mesmo em situações graves como a que vivemos, o Governo não ter oposição. Esse seria o modelo da “suspensão da Democracia”, que nas últimas eleições Legislativas crucificaram Manuela Ferreira Leite.
No dia 25 de abril, os presidentes apelaram ao consenso. O PSD – no meu entender bem – respeitou a opinião, mas não a subscreveu. O PS – cinicamente – procura utilizá-la em seu favor. Digo cinicamente porque o tom com que a campanha eleitoral do PS tem sido conduzida desde aí demonstra que não há qualquer vontade de concertação e união de esforços. O PS, e agora o PSD também, tem 3 ou 4 porta-vozes de plantão para ao primeiro movimento do PSD na comunicação social atacarem ferozmente com palavras fortissimas que só servem para incendiar o paiol.
Acho que foi incentivado pela percepção de que a campanha eleitoral vai ser nojenta e brutal – com grande prejuízo para o país – que tomei quatro decisões, quatro opções, se se preferir.
1. A de anunciar o meu voto no PPD/PSD;
2. A de não emitir aqui n’o fio dos dias ou no facebook qualquer comentário negativo face às opções políticas e partidárias e/ou comportamentos e declarações de qualquer candidato;
3. A de limitar as minhas opiniões e tomadas de posição relativas a propostas positivas e – na minha opinião – importantes para o país. Dito por outras palavras: Limitar-me a dizer bem!
E por fim:
4. No caso de o Partido Socialista ganhar as próximas eleições legislativas, não admitirei a ninguém que critique o Governo e o primeiro-ministro. Se a opção dos portugueses for a continuidade, manda o mais elementar principio democrático que se respeitem as opções de quem foi eleito. À primeira toda a gente cai, à segunda respeitam-se os crentes na mudança, mas à terceira já só cai quem quer!
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