Vai haver eleições presidenciais em São Tomé e Príncipe no próximo dia 17 de julho. Nesse dia será eleito o quarto presidente da República do país, o terceiro a ser eleito. O futuro chefe de Estado sucede a Fradique de Menezes, que ocupa o Pálácio do Povo desde 2001.

E as coisas estão a dar confusão… reconheça-se! Só do MLSTP-PSD (Movimento de Libertação de São Tomé e Principe – Partido Social Democrata), o partido da fundação do país, o partido do socialismo democrático da Internacional Socialista, há três candidatos!

Maria das Neves (antiga primeira-ministra), na imagem à esquerda, e Elsa Pinto (antiga ministra da Defesa), à direita, foram das primeiras a anunciar a sua candidatura.
Do MLSTP outros candidatos havia, que esperavam a realização de uma reunião do Conselho Nacional do partido para definir quem seria candidato. Entretanto foram desistindo e na reunião de 2 de abril, acabou por ser o presidente do partido, Aurélio Martins, a ser indigitado como candidato do partido. Note-se que Aurélio Martins assumiu a liderança do partido em 15 de janeiro e com o argumento de “não ter os vicios do poder”, e “aproximação ao povo”, apresentou-se como o melhor candidato presidencial.

As senhoras candidatas ficaram revoltadas, como seria de esperar. Maria das Neves chegou mesmo a acusar Aurélio Martins de traição – pelo facto de o ter apoiado nas eleições de 15 de janeiro.

Na segunda-feira seguinte realizou-se uma reunião de todas as mulheres são-tomenses que ocuparam responsabilidades governativas desde a Democracia de 1991. E a lista é longa, tem 16 nomes (será que em Portugal são tantas?). Uma reunião (Secreta?) onde as senhoras discutiram o problema da supremacia da mulher no país, uma sociedade bastante matriarcal, é certo, mas com grandes problemas de promiscuidade!

Discutiram-se várias formas de luta contra a atitude de o MLSTP e do seu líder. A mais engraçada (?), e que me sensibilizou particularmente foi esta, citada pelo jornal eletrónico Tela Nón (AQUI):

“Um silêncio tomou conta da sala seguido de um forte aplauso de palmas corroboradas pelas presentes com que a reunião teve o seu fim quando foi conhecido o ultimato sugerido.
Caso a candidata a cadeira presidencial não fosse eleita na próxima eleição ao mais alto cargo da Nação, a partir desse dia, seria instaurado nas ilhas e respeitado por todas as mulheres a abstinência sexual por um período de noventa (90) dias. “

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