Socorro-me de uma imagem – um quadro de uma tira – da banda desenhada “Bórgia”, do roteirista chileno Alejandro Jodorowsky e do ilustrador italiano, o fantástico e erótico Milo Manara.
A imagem que aqui coloco é do terceiro volume da série “Bórgia”, que saiu em 2008, intitulada “Bórgia – As chamas da fogueira”. Uma série de banda desenhada que aconselho vivamente – sou fã da arte, de Manara, e na FNAC vou saciando os olhos com os dois primeiros volumes desta série.
Este quadro não precisa de grandes narrativas e é perceptível sem grandes descrições!
A história dos Bórgia é um clássico. Os Bórgia são a família espanhola-italiana que no século XV marcaram a história da Europa de forma indelevel. No Papado – com dois papas (Calisto III, Alfonso Bórgia, e Alexandre VI, o sobrinho Rodrigo Bórgia) – e na realeza – pela mão dos filhos do papa Alexandre, nas armas de César, no leito de Lucrécia.
“Enquanto Rodrigo Bórgia viria a se tornar o Papa Alexandre VI, no final do século XV, seu filho, César, virou príncipe e teria inspirado o escritor Maquiavel. Isto sem contar Lucrécia Bórgia, filha ilegítima de Rodrigo e amante dele e de César. “Bórgia – As chamas da fogueira” (Conrad, cor, 56 pgs., R$ 43) saiu na França em 2008, dois anos depois do segundo volume que, por sua vez, também demorou dois para ser publicado. Assim, é possível que tenhamos que esperar mais dois para ler a conclusão da pecaminosa história do clã que deitou e rolou na Renascença. Safadezas à parte, a polémica história do Papa e de seus filhos é um prato cheio para Manara e suas taras gráficas. Vale a pena esperar o tempo que for por cada trabalho do italiano. As páginas desenhadas por ele valem o sacrifício. E, mesmo que o pecado esteja nos olhos de quem vê, Manara faz questão de que a gente veja, pode estar certo disso.” Em português do Brasil, na descrição do suplmento cultural do jornal Globo.